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Heitor Freire

Do nosso capital

O que é capital?
Temos muitas definições.
Por exemplo:
É aquilo que é essencial, fundamental, primário, principal.
Pode ser o local onde se abriga a alta administração de um país, de um estado, de uma província, de um departamento.
Temos ainda as definições econômicas:
Capital circulante é o consumido na produção da indústria, na distribuição de bens e serviços; trata-se do capital  de giro, que é o excesso do ativo corrente sobre o passivo corrente, constituindo o patrimônio da empresa que está em movimento.
Capital de risco, investimento em operação que poderá trazer algum resultado duvidoso.
Capital efetivo é o realmente integrado na atividade social e utilizado para o desenvolvimento dos negócios sociais.
Capital disponível é o valor pecuniário,  que uma sociedade dispõe para satisfazer suas obrigações ou atender seus negócios.
Pois bem.
Há uma outra questão, e que é uma conclusão a que chegamos: todos nós, humanos,  animais, plantas, enfim tudo o que existe em nosso planeta, temos um capital comum que é inerente a todos; que é renovável diariamente, permanentemente, que não se desgasta, que é depositado constantemente na conta disponível de cada um e cuja utilização será o diferencial em função do comportamento de cada um e que Deus, na sua infinita sabedoria, distribuiu igualmente a todos, sem que ninguém possa reclamar que tem demais ou de menos: o tempo.
E que é uma questão de administração e de preferência.
E o que é interessante de se observar é que a grande maioria das pessoas não se dá conta disso.
São 24 horas que se renovam todos os dias, 1440 minutos, 86400 segundos, que são creditados em nossa conta.
As pessoas passam toda uma encarnação e, muitas vezes,  não  aproveitam a oportunidade que ele representa, e não  utilizam esse capital.
É muito comum ouvir-se: eu não vi o dia passar.
Puxa, já estamos em novembro, o fim do ano está aí, como o tempo passa rapidamente.
E por que acontece isso?
Exatamente pela falta de noção do que representa esse capital imenso, porque a maior parte do tempo não estamos presentes, agindo no automático, e como tal, deixamos de utilizá-lo e muitas vezes ficamos reclamando.
A distribuição igualitária do tempo – a todos – confirma a infinita justiça e sabedoria de Deus, porque para Ele não há diferenças entre os seus filhos.
Para Deus não existe pobre.
Nem rico.
Essas classificações são feitas pela sociedade humana que dividiu os seres em função do seu patrimônio, é uma questão social.
Para Deus também não existe a questão racial, que é outra distinção feita pela  sociedade.
Essa questão da igualdade com que Deus trata os seus filhos, tem um exemplo na história: por ocasião da grande caminhada dos judeus, ao saírem do Egito em direção à Terra Prometida, que durou quarenta anos; diariamente descia do céu o alimento para todo o povo  – o maná – e a cada um cabia uma porção que servia para o seu alimento por 24 horas. Alguns desavisados ou aproveitadores teimavam em guardar mais do que o devido e quando chegavam para alimentar-se verificavam que o excesso recolhido esvaía-se e não podia ser aproveitado.
Assim, na realidade, Deus aquinhoou a cada um, igualmente, com a mesma porção de inteligência, capacidade, discernimento, sabedoria, amor. Cabe a cada um descobri-la.
O entendimento dessa realidade leva o ser humano a atingir a sua salvação, porque o liberta da prisão, do apego, da dependência a que o submete a religião, qualquer que seja a sua  pregação e origem.
E também ao conhecimento de que cada um é o seu próprio salvador: nenhum de nós depende de um salvador externo, por mais que seja enfeitada a sua imagem.
Para se assumir essa posição é preciso  coragem.
A propósito, Deus fala a Moisés, quase no fim do livro Deuteronômio, que Ele não colocou o seu mandamento no céu, para que o homem não dissesse que não poderia alcançá-lo; que não o colocou no além-mar, para que o homem não dissesse que não tinha como transpor o oceano para encontrá-lo; Ele o colocou no coração do homem, para que não houvesse desculpa,  exatamente significando que não há necessidade de nenhum intermediário para falar como Ele.
O caminho fica, dessa maneira, claramente determinado. Basta consultar o coração.
Na medida em que cada um entender o significado e a finalidade do tempo, poderá aplicá-lo conscientemente na sua própria libertação.
Para finalizar, um princípio de ordem hermética: “se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são”.

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Heitor Freire

Da Incontinência Verbal

Em nosso Estado, há um ditado antigo que diz “quem fala muito dá bom dia a cavalo”. Essa referência vem a propósito de uma observação a respeito de um estranho vírus que ataca aos ocupantes de cargos políticos, de maneira indistinta.
Desde que passou a usar o microfone da presidência, o presidente Lula tem deitado falação a respeito de tudo e de todos, sem a menor  consideração sobre a repercussão do que diz e também sem a menor avaliação das suas conseqüências. Fala e comenta desbragadamente. Parece faltar na sua assessoria mais íntima alguém com discernimento e coragem para observar-lhe a inconveniência de algumas de suas falas.
Agora na sua entrevista à Folha de São Paulo, aludiu a Jesus  e a Judas, de uma maneira até irrefletida, embora a prática do exercício do poder se faça mesmo da maneira que ele preconizou, considerando o personagem que passou a interpretar desde que assumiu a presidência, pois quando na oposição,o seu discurso era totalmente diverso. Mas  ele mesmo já se definiu como  “uma metamorfose ambulante”, com o que pretende explicar todas as suas atitudes por mais contraditórias que sejam.    
Esse mesmo vírus, identificamos nas falas do nosso governador André Puccinelli, que também não tem papas na língua e se vê algumas vezes em situações embaraçosas, e pelo cargo não se sente no dever de reconduzir uma fala ou de retratar-se, deixa a coisa rolar para cair no esquecimento. Desse vírus também é atacado o nosso ex-governador imediato, Zeca do PT.
Atua também esse vírus no presidente atual do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes que, desde que assumiu a presidência começou a comentar  a respeito de qualquer assunto, como se o exercício do seu cargo lhe autorizasse a isso, delegando-lhe uma competência que não tem.
Falta a todos, a noção do cargo que ocupam. Ou seja, estão todos, dando bom dia a cavalo.

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Drops

Heitor Rodrigues Freire

Sou um livre pensador.

” Eu sou eu e a minha circunstância “.

“Tudo passa…”

Non ducor, duco.