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Heitor Freire

O Grande Filantropo

Filantropia vem do grego e significa, literalmente, amor à humanidade.
Um filantropo com sua benemerência corrige as más ou insuficientes políticas públicas, com o objetivo  específico de ajudar as pessoas e contribuir, assim, para melhorar suas vidas.
Ao longo da história, muitos homens de visão e de ação empresarial de sucesso,  após alcançar independência financeira, dedicaram-se a devolver para a sociedade parte do que amealharam com suas atividades profissionais.
Nessa área se destacam, em nível mundial, John D. Rockefeller, Andrew Carnegie e Bill Gates, que criaram impérios financeiros e, para contribuir com a humanidade, criaram fundações com seus nomes que têm atuação destacada em todo o mundo. Destaca-se também Warren Buffet, que doou em vida o valor astronômico de 37 bilhões de dólares, para a Fundação Bill e Melinda Gates, por confiar na aplicação desse dinheiro por intermédio da fundação que leva o nome do casal Gates.
Campo Grande foi criada por mineiros que aqui aportaram buscando novas oportunidades  com espírito criativo, inovador, independente. Eles participaram da fundação e do desenvolvimento da cidade, deixando aos seus pósteros um exemplo de dedicação e competência, de amor à terra que escolheram para viver.
Por isso, esse espírito de mineiridade já é conhecido e reconhecido entre nós.
Aqui aportou em 1947 um outro mineiro, que se dedicou ao comércio. Em 1950 mudou-se para Dourados onde trabalhou também na política e na pecuária. Foi prefeito daquela progressista cidade, contribuindo muito para o seu desenvolvimento. Foi também deputado estadual. Mas logo percebeu que o campo da política não preencheria o seu ideal de vida.
Refiro-me ao sr. Antônio Morais dos Santos.
O seu Morais, é um homem empreendedor, aplicado ao trabalho. Procurou sempre agir de forma independente. Destacou-se em todas as suas atividades: foi sapateiro, (enquanto seus colegas fabricavam cinco botinas por dia, ele fabricava dez), foi mergulhador num garimpo de sua propriedade – mergulhava com escafandro –, foi ainda motorista de caminhão, comerciante, pecuarista, piloto (-tirou o seu brevê em 1949, tendo como instrutor o comandante Arany Moraes), voou com avião próprio como piloto, durante 51 anos (chegou a ter de uma só vez quatro aviões), sempre com espírito inovador.
Frequentou a escola durante apenas um ano. É um verdadeiro autodidata.
Quando morava em Dourados, na década de 60 o seu Morais construiu, com recursos próprios uma ponte de madeira sobre o rio Ivinhema, que lá está até hoje. Com essa iniciativa altruísta, proporcionou a toda aquela região desenvolvimento acentuado e  integração que não existiam.
Em 1972, mudou-se definitivamente para Campo Grande. E aqui permanece até hoje.
Tendo amealhado uma grande fortuna, seu Morais, decidiu naquela época distribuir os seus bens entre os  herdeiros, deixando para si uma pequena parcela. Passados vinte anos, já era possuidor de outra grande fortuna que, novamente, distribuiu para seus filhos e herdeiros.
Ele tem uma característica interessante: não bebe pela mão de ninguém. Pela complexidade dos seus grandes negócios, tem uma assessoria jurídica atuante e competente, mas mesmo contando com excelentes advogados acompanha periodicamente todas as suas questões, orientando-se sobre o andamento dos processos, buscando informações e, sobretudo, opinando.
Seu Morais sempre teve espírito altruísta. Fazia e faz doações para entidades que considera sérias e úteis para a comunidade. Não dá dinheiro somente por dar.
Ou seja, não deixa acontecer simplesmente: participa de tudo. Com grande competência.
É também grande contribuinte da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC), do Asilo dos Velhos (onde acaba de financiar a construção de uma nova ala masculina), de creches, enfim, de entidades que realmente prestam serviços à comunidade.  
No episódio da  doação feita por seu Morais ao Hospital do Câncer, fica bem clara essa sua disposição: inicialmente faria uma doação de R$ 5 milhões. Quando percebeu que o total seria insuficiente para a construção do anexo ao hospital, triplicou a doação para R$ 15 milhões. Agora acaba de elevar ainda mais o valor doado para R$ 23 milhões, pois pretende que a obra seja concluída corretamente. Mas impõe condições, vai acompanhar a construção pari-passu.
Porém esse dinheiro todo vai somente para as obras de construção. Falta equipar o hospital e aqui naturalmente se espera que o poder público dê  a  sua parte. Afinal de contas, o nosso governador é médico como também é o nosso prefeito.
E os nossos senadores e deputados federais? Nada?
O propósito com este artigo é louvar de forma pública a iniciativa do seu Morais, pois eu tive há pouco tempo uma parente atendida de forma exemplar e dedicada naquele hospital, sou testemunha da excelência dos serviços que prestam.
E que o seu exemplo frutifique Antônio Morais dos Santos. Com as bênçãos do nosso Pai Altíssimo.

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