Com toda pompa e circunstância foi reinaugurada a praça Ary Coelho, com direito inclusive a fogos de artifício. Lugar histórico e emblemático foi palco de grandes e marcantes acontecimentos na nossa cidade. Poucos sabem, mas esse mesmo lugar foi o primeiro cemitério de Campo Grande. Quando do ordenamento viário em 1909, o local teve o seu espaço destinado a uma praça. O dr. Arlindo de Andrade, prefeito nos idos de 1920, plantou dois jequitibás – dos quais um ainda permanece vivo – e cuidou da praça com tanto carinho que, apesar de ter recebido a denominação de Praça da Liberdade, o povo começou a chamá-la de jardim, jardim público. O nome da praça foi mudado para Ary Coelho em homenagem a um prefeito que teve um breve mandato por ter sido assassinado em pleno exercício do cargo, no ano de 1952.
O doutor Ary, que era muito bem avaliado pela população, foi um médico dedicado à profissão e era proprietário de uma casa de saúde, a Santa Maria. Assim como os demais médicos daquela época, tais como Vespasiano Martins, Arthur Jorge, Fernando Corrêa da Costa, Alberto Neder, Alfredo Neder, Walfrido Arruda, Marcílio de Oliveira Lima, João Rosa Pires, Celso de Azevedo e William Maksoud, entre outros, o dr. Ary muitas vezes recebia como pagamento galinhas, queijos, ovos, porcos y otras cositas más.
Pois bem, a praça agora revitalizada, além de proporcionar à nossa população um local de lazer, teve reconstituído o coreto – cuja derrubada foi motivo de muita reclamação, na época de sua demolição –, e agora tem uma academia de ginástica, a fonte luminosa funcionando, mesas para jogo de damas dos aposentados – que durante o período de recuperação haviam migrado para o horto florestal –, a pérgula para os namorados, e last but not least, um mictório público de grande utilidade. Enfim, um local próprio para que cada cidadão faça o seu pipi amigo e cada cidadã o seu xixi amigo. (Sempre digo que a diferença decorre da onomatopéia do ato, o homem faz pipi, a mulher xixi.)
Segundo consta, o banco HSBC adotou a praça passando a administrar o local. A praça Ary Coelho, que já está cercada por uma grade protetora, necessita também de cuidados constantes e manutenção, além da prevenção dos elementos predadores que, infelizmente existem em todo lugar. O que eu não entendia é a colocação de catracas no acesso ao mictório. Procurei informações e soube que a finalidade é para monitorar o acesso e registrar estatisticamente o seu uso. Faz sentido. Não nos esqueçamos porém que a praça é do povo como o céu é do condor, como já proclamava o imortal Castro Alves. O banco que assumiu a manutenção da praça terá um retorno institucional decorrente da publicidade espontânea num local de grande circulação. Espera-se que o banco proporcione uma manutenção permanente do local com uma limpeza constante mantendo-o em condições de perfeito uso.
Enfim, esperamos que a nossa praça volte a ser, como foi no passado, o local de encontro das famílias campo-grandenses e das grandes concentrações públicas, recuperando o seu status histórico e emblemático.
Heitor Freire – www.heitorfreire.com.br
Com toda pompa e circunstância foi reinaugurada a praça Ary Coelho, com direito inclusive a fogos de artifício. Lugar histórico e emblemático foi palco de grandes e marcantes acontecimentos na nossa cidade. Poucos sabem, mas esse mesmo lugar foi o primeiro cemitério de Campo Grande. Quando do ordenamento viário em 1909, o local teve o seu espaço destinado a uma praça. O dr. Arlindo de Andrade, prefeito nos idos de 1920, plantou dois jequitibás – dos quais um ainda permanece vivo – e cuidou da praça com tanto carinho que, apesar de ter recebido a denominação de Praça da Liberdade, o povo começou a chamá-la de jardim, jardim público. O nome da praça foi mudado para Ary Coelho em homenagem a um prefeito que teve um breve mandato por ter sido assassinado em pleno exercício do cargo, no ano de 1952. O doutor Ary, que era muito bem avaliado pela população, foi um médico dedicado à profissão e era proprietário de uma casa de saúde, a Santa Maria. Assim como os demais médicos daquela época, tais como Vespasiano Martins, Arthur Jorge, Fernando Corrêa da Costa, Alberto Neder, Alfredo Neder, Walfrido Arruda, Marcílio de Oliveira Lima, João Rosa Pires, Celso de Azevedo e William Maksoud, entre outros, o dr. Ary muitas vezes recebia como pagamento galinhas, queijos, ovos, porcos y otras cositas más.Pois bem, a praça agora revitalizada, além de proporcionar à nossa população um local de lazer, teve reconstituído o coreto – cuja derrubada foi motivo de muita reclamação, na época de sua demolição –, e agora tem uma academia de ginástica, a fonte luminosa funcionando, mesas para jogo de damas dos aposentados – que durante o período de recuperação haviam migrado para o horto florestal –, a pérgula para os namorados, e last but not least, um mictório público de grande utilidade. Enfim, um local próprio para que cada cidadão faça o seu pipi amigo e cada cidadã o seu xixi amigo. (Sempre digo que a diferença decorre da onomatopéia do ato, o homem faz pipi, a mulher xixi.)Segundo consta, o banco HSBC adotou a praça passando a administrar o local. A praça Ary Coelho, que já está cercada por uma grade protetora, necessita também de cuidados constantes e manutenção, além da prevenção dos elementos predadores que, infelizmente existem em todo lugar. O que eu não entendia é a colocação de catracas no acesso ao mictório. Procurei informações e soube que a finalidade é para monitorar o acesso e registrar estatisticamente o seu uso. Faz sentido. Não nos esqueçamos porém que a praça é do povo como o céu é do condor, como já proclamava o imortal Castro Alves. O banco que assumiu a manutenção da praça terá um retorno institucional decorrente da publicidade espontânea num local de grande circulação. Espera-se que o banco proporcione uma manutenção permanente do local com uma limpeza constante mantendo-o em condições de perfeito uso.Enfim, esperamos que a nossa praça volte a ser, como foi no passado, o local de encontro das famílias campo-grandenses e das grandes concentrações públicas, recuperando o seu status histórico e emblemático.