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Heitor Freire

Uma mulher sinuelo

UMA MULHER SINUELO
Chama-se de sinuelo, o animal manso que se utiliza para acalmar os xucros e melhor conduzi-los aonde se deseja. É este símbolo que utilizo para definir uma mulher que ao longo de sua vida se dedicou exatamente a isso: conduzir as pessoas para uma realização pessoal e para sua evolução.
Vera Tylde de Castro Pinto, campo-grandense de nascimento e bela-vistense de coração, é filha da professora Clotilde Gonçalves de Castro Pinto e do médico, militar, político e produtor rural, Ruben Alberto Abbott de Castro Pinto. Eu identifico na Vera Tylde um porte e um perfil aristocráticos que me levaram a outorgar-lhe o título de Condessa do Rio Apa.
A Vera Tylde, mercê de uma educação esmerada estudou no Colégio Bennett, no Rio de Janeiro, instituição educacional metodista de formação norte-americana, de 1950 a 1958.
Bacharelou-se e doutorou-se em Direito pela Universidade do Estado da Guanabara (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro), no período de 1959 a 1965.
A sua tese de doutorado é mais uma confirmação do título deste texto: “O adultério no Direito Brasileiro” onde defendia a exclusão do adultério como crime do Código Penal, por ser um resquício do Direito Canônico. E aqui se confirma o que afirmei acima: trinta anos depois no novo Código Penal, viu sua tese e argumentação aceitas, com a referida exclusão.
É de sua autoria o verbete – Pronúncia – publicado no volume 42, da Enciclopédia do Direito Brasileiro (1967).
Manteve no Rio de Janeiro até 1980, escritório voltado para assessoria jurídica de empresas, prestando consultoria e outros serviços a multinacionais, inovando criando uma rede nacional de advogados correspondentes. Em Mato Grosso do Sul, o escritório parceiro era o do advogado Pierre Adri.
Em 1980, desativou o seu escritório no Rio de Janeiro, viajando para os Estados Unidos, onde em Nova York se especializou em comércio exterior.
Voltou a residir em Campo Grande, em 1983, criando o Conselho Permanente da Mulher Executiva na Associação Comercial de Campo Grande.
Na década de 80 várias de suas iniciativas destacaram-se por sua dedicação, competência e visão estratégica do nosso estado. Assim, enumeramos algumas:
1 – Assessora da comissão executiva da 1ª a 4ª Semana Rio Internacional, um evento de comércio exterior patrocinado pelo governo federal, governo do estado do Rio de Janeiro e organizações empresariais;
2 – Nessa condição realizou uma semana de gastronomia sul-mato-grossense, sob o comando de Mílvia Nasser, da Lalai Doces, realizado no histórico e aristocrático Copacabana Pálace. Nessa oportunidade sob a coordenação da marchand Mara Dolzan, organizou uma exposição de 40 artistas plásticos de Mato Grosso do Sul, por 30 dias no mesmo local, em que foram expostos e comercializados seus trabalhos. Esse foi um projeto exitoso do Conselho da Mulher Executiva de MS;
3 – Quando da realização da primeira reunião da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, em Campo Grande, sendo o então presidente da Federação de MS, Lyrio Novais, foi a responsável pela coordenação e recepção das delegações quando propôs que a hospedagem fosse feita na Colônia de Férias da Associação Comercial de Campo Grande, causando um impacto favorável nos participantes e suas esposas, pelo inusitado local escolhido.
4 – Criou também aqui no estado, a Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Mulher, filiada ao Women’s World Banking, cujo nome fantasia era Banco da Mulher primeira instituição brasileira para concessão de microcrédito a mulheres de baixa renda. Vera Tylde foi fundadora e membro do Conselho Superior dessa instituição no Rio de Janeiro. Em Mato Grosso do Sul, foram duas agências: Campo Grande e Corumbá.
Na área da cultura, Vera Tylde tem também uma atuação significativa e importante. Foi autora do projeto de criação da Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo (1995/1997).
O turismo foi um tema constante em seus artigos durante vários anos, na Revista Executivo Plus, da qual também foi editora. É titular de uma página na revista Destaque.
Vera Tylde promoveu também juntamente com o Sindicato de Empresas de Turismo de Mato Grosso do Sul (SINDETUR), o projeto Escola Aberta de Turismo, cujo trabalho final dos alunos motivou a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) a criar a primeira faculdade de turismo da cidade, isto em 1993.
Na área literária é autora dos livros: Turismo Rumo Oeste, editado pela ABRAJET, com duas edições esgotadas (1998/2004); Fábulas Sul-Mato-Grossenses (2011); As Amenas, Sim (2012), estes patrocinados pelo Fundo de Investimentos Culturais do Estado de Mato Grosso do Sul (FIC), com apoio editorial do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. Participou também, em parceria, nos livros Mato Grosso do Sul – Memória e Referência – com Iracema Sampaio (2008); Decolando daqui – História da Aviação Civil Sul-Mato-Grossense com Heitor Rodrigues Freire (2010), e também com o mesmo parceiro, Rádio- A Voz da História Sul-Mato-Grossense (2012).
É diretora executiva do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, desde 2005, onde também idealizou e realizou oito seminários de desenvolvimento institucional englobando os mais variados temas de interesse cultural e histórico. O último, o deste ano, teve como tema: A mulher na história sul-mato-grossense.
UFA!!! Por tudo isso, fica plenamente justificado o título que eu lhe outorguei: Uma Mulher Sinuelo.
Heitor Freire – Vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.

Chama-se de sinuelo, o animal manso que se utiliza para acalmar os xucros e melhor conduzi-los aonde se deseja. É este símbolo que utilizo para definir uma mulher que ao longo de sua vida se dedicou exatamente a isso: conduzir as pessoas para uma realização pessoal e para sua evolução.

Vera Tylde de Castro Pinto, campo-grandense de nascimento e bela-vistense de coração, é filha da professora Clotilde Gonçalves de Castro Pinto e do médico, militar, político e produtor rural, Ruben Alberto Abbott de Castro Pinto. Eu identifico nela um porte e um perfil aristocráticos que me levaram a outorgar-lhe o título de Condessa do Rio Apa.

Mercê de uma educação esmerada estudou no Colégio Bennett, no Rio de Janeiro, instituição educacional metodista de formação norte-americana, de 1950 a 1958.           

Bacharelou-se e doutorou-se em Direito pela Universidade do Estado da Guanabara (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro), no período de 1959 a 1965. A sua tese de doutorado é mais uma confirmação do título deste texto: “O adultério no Direito Brasileiro” onde defendia a exclusão do adultério como crime do Código Penal, por ser um resquício do Direito Canônico, assim comentado pelo professor Heleno Claúdio Fragoso, jurista dos mais destacados em nosso país, publicado na Revista de Criminologia e Direito Penal, em 1965: ” Revela a autora neste trabalho, espírito crítico e de pesquisa que nos autorizam a esperar, para o futuro, novas e valiosas contribuições às letras jurídico-penais”. E aqui se confirma o que afirmei acima: trinta anos depois no novo Código Penal, viu sua tese e argumentação aceitas, com a referida exclusão.   

É de sua autoria o verbete – Pronúncia – publicado no volume 42, da Enciclopédia do Direito Brasileiro (1967).  

Manteve no Rio de Janeiro até 1980, escritório voltado para assessoria jurídica de empresas, prestando consultoria e outros serviços a multinacionais, inovando criando uma rede nacional de advogados correspondentes. Em Mato Grosso do Sul, o escritório parceiro era o do advogado Pierre Adri. 

Em 1980, desativou o seu escritório no Rio de Janeiro, viajando para os Estados Unidos, onde em Nova York se especializou em comércio exterior. 

Voltou a residir em Campo Grande, em 1983, criando o Conselho Permanente da Mulher Executiva na Associação Comercial de Campo Grande.

Na década de 80 várias de suas iniciativas destacaram-se por sua dedicação, competência e visão estratégica do nosso estado. Assim, enumeramos algumas:

1 – Assessora da comissão executiva da 1ª a 4ª Semana Rio Internacional, um evento de comércio exterior patrocinado pelo governo federal, governo do estado do Rio de Janeiro e organizações empresariais; 

2 – Nessa condição realizou uma semana de gastronomia sul-mato-grossense, sob o comando de Mílvia Nasser, da Lalai Doces, realizado no histórico e aristocrático Copacabana Pálace. Nessa oportunidade sob a coordenação da marchand Mara Dolzan, organizou uma exposição de 40 artistas plásticos de Mato Grosso do Sul, por 30 dias no mesmo local, em que foram expostos e comercializados seus trabalhos. Esse foi um projeto exitoso do Conselho da Mulher Executiva de MS;

3 – Quando da realização da primeira reunião da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, em Campo Grande, sendo o então presidente da Federação de MS, Lyrio Novais, foi a responsável pela coordenação e recepção das delegações quando propôs que a hospedagem fosse feita na Colônia de Férias da Associação Comercial de Campo Grande, causando um impacto favorável nos participantes e suas esposas, pelo inusitado local escolhido.

4 – Criou também aqui no estado, a Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Mulher, filiada ao Women’s World Banking, cujo nome fantasia era Banco da Mulher primeira instituição brasileira para concessão de microcrédito a mulheres de baixa renda.

Vera Tylde foi fundadora e membro do Conselho Superior dessa instituição no Rio de Janeiro. Em Mato Grosso do Sul, foram duas agências: Campo Grande e Corumbá.

Na área da cultura, tem também uma atuação significativa e importante. Foi autora do projeto de criação da Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo (1995/1997).

O turismo foi um tema constante em seus artigos durante vários anos, na Revista Executivo Plus, da qual também foi editora. É titular de uma página na revista Destaque. Promoveu também juntamente com o Sindicato de Empresas de Turismo de Mato Grosso do Sul (SINDETUR), o projeto Escola Aberta de Turismo, cujo trabalho final dos alunos motivou a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) a criar a primeira faculdade de turismo da cidade, isto em 1993.

Na área literária é autora dos livros: Turismo Rumo Oeste, editado pela ABRAJET, com duas edições esgotadas (1998/2004); Fábulas Sul-Mato-Grossenses (2011); As Amenas, Sim (2012), estes patrocinados pelo Fundo de Investimentos Culturais do Estado de Mato Grosso do Sul (FIC), com apoio editorial do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. Participou também, em parceria, nos livros Mato Grosso do Sul – Memória e Referência – com Iracema Sampaio (2008); Decolando daqui – História da Aviação Civil Sul-Mato-Grossense com Heitor Rodrigues Freire (2010), e também com o mesmo parceiro, Rádio- A Voz da História Sul-Mato-Grossense (2012).

É diretora executiva do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, desde 2005, onde também idealizou e realizou oito seminários de desenvolvimento institucional englobando os mais variados temas de interesse cultural e histórico. O último, o deste ano, teve como tema: A mulher na história sul-mato-grossense.

UFA!!! Por tudo isso, fica plenamente justificado o título que eu lhe outorguei: Uma Mulher Sinuelo.

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