A nossa cidade morena encontra-se à beira de um colapso. O despreparo do atual prefeito, que ascendeu ao cargo por força de urdiduras na Câmara Municipal, ficou evidente ao longo do martírio que tem sido o seu desgoverno.
Campo Grande, que tem um histórico de grandes prefeitos, nos últimos 64 anos teve no cargo cidadãos da estatura de Ary Coelho de Oliveira, que morreu assassinado no exercício do cargo; Wilson Fadul, depois deputado federal e ministro da saúde; Wilson Barbosa Martins, depois deputado federal, governador por dois mandatos, senador da República.
A seguir, Marcílio de Oliveira Lima, depois deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso; Plínio Barbosa Martins, vibrante advogado, depois deputado federal e com toda humildade vereador; Antônio Mendes Canale, prefeito por dois mandatos, depois deputado federal e senador da República, Levy Dias, por dois mandatos, depois deputado estadual, deputado federal e senador da República.
Marcelo Miranda, depois governador por dois mandatos, senador da República; Albino Coimbra, depois deputado federal; Heráclito Figueiredo ilustre engenheiro civil nomeado por Pedro Pedrossian; Lúdio Martins Coelho, prefeito por dois mandatos, depois senador da República; Juvêncio César da Fonseca, por dois mandatos,depois senador da República; André Puccinelli por dois mandatos, antes deputado estadual e federal, governador do estado por dois mandatos; Nelson Trad Filho, prefeito por dois mandatos.
Até que em 2012 Alcides Bernal foi eleito por ampla maioria, atendendo a uma demanda da população por mudança. Lamentavelmente Bernal e demonstrou não ter competência para exercer o cargo, sendo substituído por seu então vice-prefeito, Gilmar Olarte, que chegou a ser saudado como possível esperança, mas também resultou num fracasso administrativo.
Algumas atitudes do atual prefeito têm deixado uma grande interrogação quanto ao seu desempenho. Batizou com o nome de seu pai, Evaldo André Olarte, um hospital municipal, sem que se evidenciasse nenhum serviço prestado à comunidade que justificasse essa homenagem. Simplesmente, num ato discricionário, queria porque queria fazer assim. Viu-se na contingência de voltar atrás. O prefeito não deve nomear próprios da municipalidade a seu bel-prazer.
Outra atitude é a que se refere à famosa “Quinta Feira Gospel”, um evento musical evangélico. É preciso que alguém da assessoria do prefeito o informe que o Estado, em nosso país, é laico. Porque parece que ele não sabe. A Constituição da República é claríssima neste ponto, no artigo 5º, VI e no artigo 19, I.
Não se pode admitir que recursos públicos sejam destinados a financiar eventos que tenham um fundamento religioso. Toda e qualquer denominação religiosa tem todo o direito de divulgar sua cultura, sua música, seus cantores. Mas desde que o façam com recursos próprios.
Outro fato que chamou a atenção é a denominação com que o prefeito se apresenta: Pastor e Prefeito de Campo Grande. Até hoje não vi nenhum prefeito se apresentar assim, declinando sua profissão.
A nossa cidade está abandonada, acéfala, cheia de buracos por todos os lados. Claro que as recentes chuvas contribuíram para isso, mas não se nota nenhuma providência no sentido de sanar essa situação. Presenciamos outro dia o escândalo de se tapar buracos inexistentes.
E agora, last but not least, o nosso histórico Horto Florestal está entregue às traças: grama alta, sujeira por todo lado e o pior de tudo, todos os banheiros interditados. Qualquer cidadão que estiver por ali e sentir necessidade de ir ao banheiro terá que correr até o Mercadão Municipal. Isso se não se vir constrangido a urinar no muro, sujeitando-se a ser enquadrado como atentado ao pudor. E se for mulher? No mínimo poderiam ser disponibilizados banheiros químicos que seriam naturalmente uma opção temporária até que se resolvesse a situação.
Ainda temos dois longos anos até o fim desta administração. Só nos resta clamar aos céus. Quo usque tandem, Olarte, abuteres patientia nostra?
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.
A nossa cidade morena encontra-se à beira de um colapso. O despreparo do atual prefeito, que ascendeu ao cargo por força de urdiduras na Câmara Municipal, ficou evidente ao longo do martírio que tem sido o seu desgoverno.
Campo Grande, que tem um histórico de grandes prefeitos, nos últimos 64 anos teve no cargo cidadãos da estatura de Ary Coelho de Oliveira, que morreu assassinado no exercício do cargo; Wilson Fadul, depois deputado federal e ministro da saúde; Wilson Barbosa Martins, depois deputado federal, governador por dois mandatos, senador da República.A seguir, Marcílio de Oliveira Lima, depois deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso; Plínio Barbosa Martins, vibrante advogado, depois deputado federal e com toda humildade vereador; Antônio Mendes Canale, prefeito por dois mandatos, depois deputado federal e senador da República, Levy Dias, por dois mandatos, depois deputado estadual, deputado federal e senador da República.
Marcelo Miranda, depois governador por dois mandatos, senador da República; Albino Coimbra, depois deputado federal; Heráclito Figueiredo ilustre engenheiro civil nomeado por Pedro Pedrossian; Lúdio Martins Coelho, prefeito por dois mandatos, depois senador da República; Juvêncio César da Fonseca, por dois mandatos,depois senador da República; André Puccinelli por dois mandatos, antes deputado estadual e federal, governador do estado por dois mandatos; Nelson Trad Filho, prefeito por dois mandatos.
Até que em 2012 Alcides Bernal foi eleito por ampla maioria, atendendo a uma demanda da população por mudança. Lamentavelmente Bernal e demonstrou não ter competência para exercer o cargo, sendo substituído por seu então vice-prefeito, Gilmar Olarte, que chegou a ser saudado como possível esperança, mas também resultou num fracasso administrativo.
Algumas atitudes do atual prefeito têm deixado uma grande interrogação quanto ao seu desempenho. Batizou com o nome de seu pai, Evaldo André Olarte, um hospital municipal, sem que se evidenciasse nenhum serviço prestado à comunidade que justificasse essa homenagem. Simplesmente, num ato discricionário, queria porque queria fazer assim. Viu-se na contingência de voltar atrás. O prefeito não deve nomear próprios da municipalidade a seu bel-prazer.
Outra atitude é a que se refere à famosa “Quinta Feira Gospel”, um evento musical evangélico. É preciso que alguém da assessoria do prefeito o informe que o Estado, em nosso país, é laico. Porque parece que ele não sabe. A Constituição da República é claríssima neste ponto, no artigo 5º, VI e no artigo 19, I. Não se pode admitir que recursos públicos sejam destinados a financiar eventos que tenham um fundamento religioso. Toda e qualquer denominação religiosa tem todo o direito de divulgar sua cultura, sua música, seus cantores. Mas desde que o façam com recursos próprios.
Outro fato que chamou a atenção é a denominação com que o prefeito se apresenta: Pastor e Prefeito de Campo Grande. Até hoje não vi nenhum prefeito se apresentar assim, declinando sua profissão. A nossa cidade está abandonada, acéfala, cheia de buracos por todos os lados. Claro que as recentes chuvas contribuíram para isso, mas não se nota nenhuma providência no sentido de sanar essa situação. Presenciamos outro dia o escândalo de se tapar buracos inexistentes.
E agora, last but not least, o nosso histórico Horto Florestal está entregue às traças: grama alta, sujeira por todo lado e o pior de tudo, todos os banheiros interditados. Qualquer cidadão que estiver por ali e sentir necessidade de ir ao banheiro terá que correr até o Mercadão Municipal. Isso se não se vir constrangido a urinar no muro, sujeitando-se a ser enquadrado como atentado ao pudor. E se for mulher?
No mínimo poderiam ser disponibilizados banheiros químicos que seriam naturalmente uma opção temporária até que se resolvesse a situação.Ainda temos dois longos anos até o fim desta administração.
Só nos resta clamar aos céus: Quo usque tandem, Olarte, abuteres patientia nostra?