Há uma convenção não escrita, pelo menos do meu conhecimento, que determina um dia no ano para comemoração de diversas datas que representam profissões, história, pessoas, santos, etc.
Antigamente era comum alguém dizer: “Vou pagar no dia de São Nunca”, “Vou fazer no dia de São Nunca”. Pois é, até o São Nunca tem dia: 1º de novembro, dia de Todos os Santos.
A complexidade do mundo moderno, com tantas e tão diferentes profissões, no intuito de homenagear cada uma, acabou criando um dia para comemoração individual.
A nobreza de cada profissão decorre diretamente da consciência, seriedade, responsabilidade, compromisso e amor com que é exercida. Assim, todas as profissões exercidas com esses conceitos, são nobres. Hoje vamos homenagear os jornalistas que tem seu dia comemorado no dia 7 de abril.
O dia 7 de abril, no Brasil, tem, historicamente, 3 comemorações:
A primeira: 7 de abril de 1831. É conhecida no calendário histórico brasileiro como o “Dia da Abdicação”. Nesse dia, D. Pedro I, depois de enfrentar vários meses de angustiantes protestos, como a famosa “noite das garrafadas”, decide abdicar do trono em favor de seu primogênito, depois D. Pedro II, então com 5 anos de idade, nomeando para seu tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. Qualquer semelhança com os acontecimentos destes dias não é mera coincidência. Hoje, como ontem, o povo não aguentava mais os desmandos do governante de plantão. Estaremos repetindo a história?
A segunda: 7 de abril de 1908. Fundação da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, por Gustavo de Lacerda. Autor das bases do estatuto da entidade que mais tarde se tornaria a ABI, Gustavo de Lacerda criou a Associação de Imprensa, da qual foi aclamado Presidente, naquela data. Ele visava a melhoria de condições de trabalho dos jornalistas e repórteres, bem como melhores salários. Entre seus objetivos estavam a criação de uma carteira de habilitação para jornalistas.
A terceira: 7 de abril de 1931. Quando da comemoração do primeiro século da abdicação, a ABI, cria o Dia do Jornalista, homenageando João Batista Líbero Badaró. Líbero Badaró nasceu na Itália e mudou-se para o Brasil, no ano de 1826. No Brasil, naturalizou-se, era um homem de princípios políticos em busca da liberdade dos cidadãos. Defensor do liberalismo, fundou e redigia o jornal O Observador Constitucional, surgido em 1829, crítico ferrenho do governo imperial. Foi assassinado. Ao morrer pronunciou uma frase que celebrizou-se como símbolo da defesa da liberdade de imprensa: “Morro defendendo a liberdade”.
Nestes tempos de tantas situações conflitantes, se sobressai de forma maiúscula a profissão do jornalista, cujas atuações quando contrariam o poder dominante são muitas vezes reprimidas com violência como aconteceu com Líbero Badaró e como acontece no mundo todo.
Eu tenho duas filhas que exercem e dignificam essa nobre profissão: Raquel e Flávia. Faço deste artigo uma homenagem a elas e a todos os jornalistas.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.
Há uma convenção não escrita, pelo menos do meu conhecimento, que determina um dia no ano para comemoração de diversas datas que representam profissões, história, pessoas, santos, etc. Antigamente era comum alguém dizer: “Vou pagar no dia de São Nunca”, “Vou fazer no dia de São Nunca”. Pois é, até o São Nunca tem dia: 1º de novembro, dia de Todos os Santos.
A complexidade do mundo moderno, com tantas e tão diferentes profissões, no intuito de homenagear cada uma, acabou criando um dia para comemoração individual.A nobreza de cada profissão decorre diretamente da consciência, seriedade, responsabilidade, compromisso e amor com que é exercida. Assim, todas as profissões exercidas com esses conceitos, são nobres.
Hoje vamos homenagear os jornalistas que tem seu dia comemorado no dia 7 de abril.
O dia 7 de abril, no Brasil, tem, historicamente, 3 comemorações:
A primeira: 7 de abril de 1831. É conhecida no calendário histórico brasileiro como o “Dia da Abdicação”. Nesse dia, D. Pedro I, depois de enfrentar vários meses de angustiantes protestos, como a famosa “noite das garrafadas”, decide abdicar do trono em favor de seu primogênito, depois D. Pedro II, então com 5 anos de idade, nomeando para seu tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. Qualquer semelhança com os acontecimentos destes dias não é mera coincidência. Hoje, como ontem, o povo não aguentava mais os desmandos do governante de plantão. Estaremos repetindo a história?
A segunda: 7 de abril de 1908. Fundação da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, por Gustavo de Lacerda. Autor das bases do estatuto da entidade que mais tarde se tornaria a ABI, Gustavo de Lacerda criou a Associação de Imprensa, da qual foi aclamado Presidente, naquela data. Ele visava a melhoria de condições de trabalho dos jornalistas e repórteres, bem como melhores salários. Entre seus objetivos estavam a criação de uma carteira de habilitação para jornalistas.
A terceira: 7 de abril de 1931. Quando da comemoração do primeiro século da abdicação, a ABI, cria o Dia do Jornalista, homenageando João Batista Líbero Badaró. Líbero Badaró nasceu na Itália e mudou-se para o Brasil, no ano de 1826. No Brasil, naturalizou-se, era um homem de princípios políticos em busca da liberdade dos cidadãos. Defensor do liberalismo, fundou e redigia o jornal O Observador Constitucional, surgido em 1829, crítico ferrenho do governo imperial. Foi assassinado.
Ao morrer pronunciou uma frase que celebrizou-se como símbolo da defesa da liberdade de imprensa: “Morro defendendo a liberdade”.
Nestes tempos de tantas situações conflitantes, se sobressai de forma maiúscula a profissão do jornalista, cujas atuações quando contrariam o poder dominante são muitas vezes reprimidas com violência como aconteceu com Líbero Badaró e como acontece no mundo todo.
Eu tenho duas filhas que exercem e dignificam essa nobre profissão: Raquel e Flávia. Faço deste artigo uma homenagem a elas e a todos os jornalistas.