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Heitor Freire

Morte? Socorro…

MORTE? SOCORRO…
Existe um sentimento comum a todos os seres humanos: a busca de sua identidade intrínseca, a descoberta do seu eu. Quem eu sou? Nessa sede inexaurível de saber, vários são os caminhos percorridos pela humanidade ao longo dos tempos.
Eu também percorri e percorro alguns caminhos com essa finalidade. De formação católica, fui crismado aos 28 anos. Em determinada época de minha vida, fui atraído pela Umbanda. Frequentei terreiros e aprendi os fundamentos dessa religião brasileira, conhecida pela prática da incorporação mediúnica de entidades do plano espiritual. Essa experiência acabou despertando minha atenção para a espiritualidade e para o espiritismo
A doutrina espírita tem sido uma constante em minha vida desde então, e me aprofundou no entendimento da reencarnação, que considero a única explicação lógica para toda a diversidade de situações que vivem os seres humanos.
Encontrei na Seicho-No-Ie a alegria. É uma religião de origem nipônica que hoje se encontra difundida de forma extensiva em nosso país.
Na Congregação da Casa de Oração recebi ensinamentos que me orientam até hoje.
Na Ordem Rosacruz e na Maçonaria encontrei os fundamentos esotéricos que lastreiam os meus procedimentos e que abriram a minha compreensão para o sentido da existência. Ali conheci Hermes Trismegisto, que me ensinou a Lei de Uso: “O conhecimento e a riqueza devem circular”.
Por último e não menos importante, encontrei o Ho’oponopono, ensinamento da religião huna do Havaí que se baseia no amor, fundamentado no “Sinto muito; Me perdoa; Por favor; Obrigado; Eu te amo”.
Na realidade, todas as religiões se encontram num denominador comum: o amor.
Enfim, desse caldeamento todo extraí uma filosofia de vida que me dá segurança e que me deu tranquilidade para entender a realidade da vida. E para não temer a morte.
Em todas as latitudes, em todos os tempos, em todos os continentes, em todas as raças sempre houve um temor generalizado no que se refere à morte.
Ninguém quer morrer, embora todos saibamos que, mais cedo ou mais tarde, morreremos. Ninguém escapará. Então, por que esse medo?  Penso que é o temor de perder o que se conquistou do lado de cá, a incerteza do que nos espera do outro lado e o medo de encarar o julgamento.
Grande parte de nós já sabe que a morte não significa o fim, mas apenas uma passagem para um outro estado e a cada momento, mais se confirma a certeza da sua inexorabilidade.
Quanto mais o tempo passa, com a morte de parentes e amigos, vamos aumentando do outro lado o comitê de recepção que irá nos receber.
Pensando na redação deste artigo, encontrei um poema de Santo Agostinho, “A Morte Não é Nada” que retrata bem o meu pensamento e que transcrevo a seguir:
“A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me deem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora
de seus pensamentos
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente
a vida continua, linda e bela
como sempre foi”.
Uma boa vida e uma boa morte para todos.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Existe um sentimento comum a todos os seres humanos: a busca de sua identidade intrínseca, a descoberta do seu eu. Quem eu sou? Nessa sede inexaurível de saber, vários são os caminhos percorridos pela humanidade ao longo dos tempos.

Eu também percorri e percorro alguns caminhos com essa finalidade. De formação católica, fui crismado aos 28 anos. Em determinada época de minha vida, fui atraído pela Umbanda. Frequentei terreiros e aprendi os fundamentos dessa religião brasileira, conhecida pela prática da incorporação mediúnica de entidades do plano espiritual. Essa experiência acabou despertando minha atenção para a espiritualidade e para o espiritismo.

A doutrina espírita tem sido uma constante em minha vida desde então, e me aprofundou no entendimento da reencarnação, que considero a única explicação lógica para toda a diversidade de situações que vivem os seres humanos.

Encontrei na Seicho-No-Ie a alegria. É uma religião de origem nipônica que hoje se encontra difundida de forma extensiva em nosso país. 

Na Congregação da Casa de Oração recebi ensinamentos que me orientam até hoje.

Na Ordem Rosacruz e na Maçonaria encontrei os fundamentos esotéricos que lastreiam os meus procedimentos e que abriram a minha compreensão para o sentido da existência. Ali conheci Hermes Trismegisto, que me ensinou a Lei de Uso: “O conhecimento e a riqueza devem circular”.

Por último e não menos importante, encontrei o Ho’oponopono, ensinamento da religião huna do Havaí que se baseia no amor, fundamentado no “Sinto muito; Me perdoa; Por favor; Obrigado; Eu te amo”. Na realidade, todas as religiões se encontram num denominador comum: o amor. 

Enfim, desse caldeamento todo extraí uma filosofia de vida que me dá segurança e que me deu tranquilidade para entender a realidade da vida. E para não temer a morte.Em todas as latitudes, em todos os tempos, em todos os continentes, em todas as raças sempre houve um temor generalizado no que se refere à morte.  

Ninguém quer morrer, embora todos saibamos que, mais cedo ou mais tarde, morreremos. Ninguém escapará. Então, por que esse medo?  Penso que é o temor de perder o que se conquistou do lado de cá, a incerteza do que nos espera do outro lado e o medo de encarar o julgamento. 

Grande parte de nós já sabe que a morte não significa o fim, mas apenas uma passagem para um outro estado e a cada momento, mais se confirma a certeza da sua inexorabilidade.

Quanto mais o tempo passa, com a morte de parentes e amigos, vamos aumentando do outro lado o comitê de recepção que irá nos receber.

Pensando na redação deste artigo, encontrei um poema de Santo Agostinho, “A Morte Não é Nada” que retrata bem o meu pensamento e que transcrevo a seguir:

“A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciadocomo sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.

Sem nenhum traço de sombraou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora de seus pensamentosagora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho…
Você que aí ficou, siga em frente.

A vida continua, linda e belacomo sempre foi”.

Uma boa vida e uma boa morte para todos.

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