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Heitor Freire

Mulher. De novo, sempre!

MULHER. DE NOVO, SEMPRE.
Na história da humanidade, segundo alguns historiadores, houve inicialmente um período em que as mulheres comandaram tudo, período conhecido como era do matriarcado.
Depois, quando a força física se tornou necessária para conseguir alimento, foi o início da era do patriarcado, com a predominância do homem. E que perdurou até agora, com prevalência assim do mando do homem.
Ao longo dos tempos e apesar de todas as adversidades, preconceitos e discriminações, as mulheres foram aos poucos conquistando o seu lugar, merecendo admiração e reverência dos homens.
A metáfora da criação divina da mulher retrata com muita precisão a sua finalidade: ela foi criada a partir da costela do homem, para estar ao seu lado. Não de um osso da cabeça, para lhe ser superior e nem de um osso do pé para lhe ser inferior.
Hoje, quando a mulher com muito sacrifício, sofrimento e perseguição, foi galgando aos poucos o lugar que deveria ocupar, constatamos que estamos vivendo um novo período: a era da igualdade.
A maternidade é um dos fatores que confere divindade à mulher e que lhe dá a dimensão que tem. Sem mulher, não existiria a humanidade. Elas são doutoras na arte de fazer do ato de viver algo melhor.
Swami Vivekananda, primeiro monge hindu a difundir a filosofia do Yoga e Vedanta no ocidente, escreveu: “O mundo não tem nenhuma possibilidade de bem-estar enquanto não se melhorar a condição da mulher. É impossível que um pássaro voe com uma só asa”. Assim, somente com a asa do homem se completa o pássaro para que alce seu vôo majestoso e divino. Ele pertencia ao ramo da Vedanta, que sustentava que ninguém pode ser verdadeiramente livre até que todos sejam. Por conseguinte, para sermos verdadeiramente livres devemos também nós, homens, lutar para a libertação da mulher e assim alcançar a emancipação de ambos.
Nestes tempos conturbados que estamos vivendo, com a busca desenfreada do prazer a qualquer custo e de um consumismo voraz, onde o ter prevalece sobre o ser, observo que há uma luz a se manifestar, de início um tanto difusa, mas que vai clareando aos poucos, iluminando a consciência do homem e da mulher.
Elas estão mais confiantes e mais corajosas. Essa situação lhes dá a independência para se apresentar. Acabo de ler um texto de Lucilene Machado, escritora sul-mato-grossense, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras: “FAZER AMOR É MUITO DIFÍCIL”, em que ela, com muita propriedade, demonstra a diferença entre fazer sexo e fazer amor: “…O usual é fazer sexo, embora se utilize a terminologia do amor, o que sugere um pouco de confusão. Fazer amor requer dedicação, cumplicidade, sentimentos, doação, palavras, silêncios, confiança, poesia, autoria e coautoria, paciência… para não falar de outros tantos conceitos já em desuso. Mas, as mulheres teimam em fazer amor. Para nós, fazer amor é a coisa mais sublime do mundo. É beber o tempo que vai escapando do relógio, gota a gota, delicadamente, costurando ao prazer toda espécie de sensação. Até a paz participa do processo sem nenhuma cerimônia e parece se demorar sobre os corpos estendidos”.
Diz mais: “Fazer amor para nós é invocar. Corpo, alma e espírito. Um ato que compartilha sonhos, esperanças, expectativas e, rejeita, veementemente, a separação. É querer estar juntos em uma mesma eternidade, ainda que o eterno exista apenas na ficção. É participar de um jogo de sedução cujas regras estão delicadamente afinadas com as expectativas de ambos.
Fazer amor não é alcançar um orgasmo e sim alcançar algo que nos faça superar o alvoroço das manhãs mal nascidas e mergulhar em um silêncio onde seremos capazes de ouvir a alma tocando flauta…”
E conclui: “Entre volúpias e esquecimentos, teorias e contradições, perdem as mulheres, perdem os homens. Já não se exercita a arte de saciar a fome, de riscar o fósforo e enxergar o amor oculto no clarão, já não se tem a oportunidade de labaredas, não se exercita a magia, não se exercita a arte de viver e, viver ainda é uma arte”.
Sem dúvida, viver é sempre uma arte. E para que essa arte se manifeste em sua plenitude, é indispensável a participação do homem e da mulher.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Na história da humanidade, segundo alguns historiadores, houve inicialmente um período em que as mulheres comandaram tudo, período conhecido como era do matriarcado. Depois, quando a força física se tornou necessária para conseguir alimento, foi o início da era do patriarcado, com a predominância do homem. E que perdurou até agora, com prevalência assim do mando do homem. 

Ao longo dos tempos e apesar de todas as adversidades, preconceitos e discriminações, as mulheres foram aos poucos conquistando o seu lugar, merecendo admiração e reverência dos homens.

A metáfora da criação divina da mulher retrata com muita precisão a sua finalidade: ela foi criada a partir da costela do homem, para estar ao seu lado. Não de um osso da cabeça, para lhe ser superior e nem de um osso do pé para lhe ser inferior.

 

Hoje, quando a mulher com muito sacrifício, sofrimento e perseguição, foi galgando aos poucos o lugar que deveria ocupar, constatamos que estamos vivendo um novo período: a era da igualdade.

A maternidade é um dos fatores que confere divindade à mulher e que lhe dá a dimensão que tem. Sem mulher, não existiria a humanidade. Elas são doutoras na arte de fazer do ato de viver algo melhor.

Swami Vivekananda, primeiro monge hindu a difundir a filosofia do Yoga e Vedanta no ocidente, escreveu: “O mundo não tem nenhuma possibilidade de bem-estar enquanto não se melhorar a condição da mulher. É impossível que um pássaro voe com uma só asa”. Assim, somente com a asa do homem se completa o pássaro para que alce seu vôo majestoso e divino. Ele pertencia ao ramo da Vedanta, que sustentava que ninguém pode ser verdadeiramente livre até que todos sejam. Por conseguinte, para sermos verdadeiramente livres devemos também nós, homens, lutar para a libertação da mulher e assim alcançar a emancipação de ambos. 

Nestes tempos conturbados que estamos vivendo, com a busca desenfreada do prazer a qualquer custo e de um consumismo voraz, onde o ter prevalece sobre o ser, observo que há uma luz a se manifestar, de início um tanto difusa, mas que vai clareando aos poucos, iluminando a consciência do homem e da mulher. Elas estão mais confiantes e mais corajosas. Essa situação lhes dá a independência para se apresentar. Acabo de ler um texto de Lucilene Machado, escritora sul-mato-grossense, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras: “FAZER AMOR É MUITO DIFÍCIL”, em que ela, com muita propriedade, demonstra a diferença entre fazer sexo e fazer amor: “…O usual é fazer sexo, embora se utilize a terminologia do amor, o que sugere um pouco de confusão. Fazer amor requer dedicação, cumplicidade, sentimentos, doação, palavras, silêncios, confiança, poesia, autoria e coautoria, paciência… para não falar de outros tantos conceitos já em desuso.

Mas, as mulheres teimam em fazer amor. Para nós, fazer amor é a coisa mais sublime do mundo. É beber o tempo que vai escapando do relógio, gota a gota, delicadamente, costurando ao prazer toda espécie de sensação. Até a paz participa do processo sem nenhuma cerimônia e parece se demorar sobre os corpos estendidos”.

Diz mais: “Fazer amor para nós é invocar. Corpo, alma e espírito. Um ato que compartilha sonhos, esperanças, expectativas e, rejeita, veementemente, a separação. É querer estar juntos em uma mesma eternidade, ainda que o eterno exista apenas na ficção. É participar de um jogo de sedução cujas regras estão delicadamente afinadas com as expectativas de ambos.

Fazer amor não é alcançar um orgasmo e sim alcançar algo que nos faça superar o alvoroço das manhãs mal nascidas e mergulhar em um silêncio onde seremos capazes de ouvir a alma tocando flauta…” 

E conclui: “Entre volúpias e esquecimentos, teorias e contradições, perdem as mulheres, perdem os homens. Já não se exercita a arte de saciar a fome, de riscar o fósforo e enxergar o amor oculto no clarão, já não se tem a oportunidade de labaredas, não se exercita a magia, não se exercita a arte de viver e, viver ainda é uma arte”.

Sem dúvida, viver é sempre uma arte. E para que essa arte se manifeste em sua plenitude, é indispensável a participação do homem e da mulher.

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