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Heitor Freire

Horizontalidade e verticalidade

HORIZONTALIDADE E VERTICALIDADE
A visão e o entendimento da maioria das pessoas tende a ser orientada pelo contexto em que elas se encontram. Essa visão pode ser horizontal ou vertical. Sair das planícies abertas e avançar nas alturas mais elevadas e mais exigentes é um trabalho árduo a que poucos se atiram.
No processo evolutivo pelo qual todos passamos, seguimos diversos estágios, aprendendo, praticando, aplicando. Professamos algumas religiões, onde colhemos frutos e ensinamentos que norteiam e enriquecem a nossa caminhada. E, assim, desenvolvendo nosso entendimento até compreender que a crença inspirada como as igrejas fazem é coletivamente, e que o caminho verdadeiro, o da espiritualidade, é individual. É muito exigente esse caminho, pois ele tem que ser trilhado sozinho. As igrejas atuam no atacado, na horizontalidade. Mas a evolução acontece no varejo, na verticalidade.
Que nada acontece por acaso parece ser uma premissa aceita por muitos. Mas, entre aceitar e entender há uma grande distância, porque entender significa alcançar a compreensão plena do fato, não basta ficar na superfície, temos que ir a fundo. Tudo o que nos acontece, TUDO, vem para nos aprimorar e aperfeiçoar a nossa evolução. E para que isso aconteça devemos purificar nosso ambiente interno, nossos pensamentos, palavras, sentimentos, emoções. Temos que parar de criticar, julgar, condenar, como bem ensinou Jesus. Só assim estaremos contribuindo verdadeiramente para o nosso desenvolvimento. A Lei da Evolução está em ação permanentemente e na sua atuação não faz acepção de pessoas. Ou seja, quem não se colocar em harmonia com ela, seja lá quem for, fica de fora.
Dentro desse conceito, estudando, pesquisando, avaliando, fico admirado com a influência que Jesus exerceu e continua exercendo ao longo dos tempos.
Um exemplo claro disso aconteceu com Ibn Al Arabi (1165-1240). Ibn al-Arabī nasceu no sudeste da Espanha, um homem de puro sangue árabe cuja ascendência remonta à importante tribo árabe de Ṭāʾī. Foi um místico sufi, filósofo, poeta, viajante e sábio hispano-muçulmano do Alandalus, que deu à dimensão esotérica e mística do pensamento islâmico sua primeira expressão filosófica completa.
Venerado como o maior mestre espiritual, Ibn Al-Arabi passou o resto de sua vida em
Damasco em contemplação pacífica, ensinando e escrevendo.  Seus escritos, tanto em poesia quanto em prosa, moldaram grandes partes do pensamento islâmico durante os séculos seguintes.
Sobre Jesus, ele escreveu: “Tive muitos encontros com Ele; em visões e pelas suas mãos voltei-me a Deus. Ele orou por mim para que eu me firmasse na vida religiosa (din), tanto neste mundo como no outro e chamou-me de amado (habib). Ordenou-me a prática da renúncia (zuhd) e do desapego (tajrid)”.
Isso resultou numa visão vertical, natural, como dizem os famosos versos de Ibn Al Arabi:
“Meu coração se tornou capaz de toda forma,
é um pasto para as gazelas e um mosteiro para os monges cristãos,
um templo para os ídolos e a Ka‘aba do peregrino
e as tábuas da Torá e o livro do Alcorão.”
Ibn Al-Arabi é um exemplo muito claro da verticalidade ao analisarmos o processo de evolução pelo qual ele passou,  e também influenciou de forma marcante o Islamismo. Ele não ficou na horizontalidade do ensinamento muçulmano. Inspirado por Jesus, buscou na verticalidade tanto o ensinamento Dele, como também dos hebreus, alcançando a universalidade.
Jesus nos ensinou: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.  E quando se aceita e se entende isso, ocorre a iluminação a que qualquer um de nós pode ascender. Basta sair da horizontalidade e evoluir para a verticalidade. Na individualidade, no varejo.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

A visão e o entendimento da maioria das pessoas tende a ser orientada pelo contexto em que elas se encontram. Essa visão pode ser horizontal ou vertical. Sair das planícies abertas e avançar nas alturas mais elevadas e mais exigentes é um trabalho árduo a que poucos se atiram.

No processo evolutivo pelo qual todos passamos, seguimos diversos estágios, aprendendo, praticando, aplicando. Professamos algumas religiões, onde colhemos frutos e ensinamentos que norteiam e enriquecem a nossa caminhada. E, assim, desenvolvendo nosso entendimento até compreender que a crença inspirada como as igrejas fazem é coletivamente, e que o caminho verdadeiro, o da espiritualidade, é individual. É muito exigente esse caminho, pois ele tem que ser trilhado sozinho. As igrejas atuam no atacado, na horizontalidade. Mas a evolução acontece no varejo, na verticalidade.

Que nada acontece por acaso parece ser uma premissa aceita por muitos. Mas, entre aceitar e entender há uma grande distância, porque entender significa alcançar a compreensão plena do fato, não basta ficar na superfície, temos que ir a fundo. Tudo o que nos acontece, TUDO, vem para nos aprimorar e aperfeiçoar a nossa evolução. E para que isso aconteça devemos purificar nosso ambiente interno, nossos pensamentos, palavras, sentimentos, emoções. Temos que parar de criticar, julgar, condenar, como bem ensinou Jesus. Só assim estaremos contribuindo verdadeiramente para o nosso desenvolvimento.

A Lei da Evolução está em ação permanentemente e na sua atuação não faz acepção de pessoas. Ou seja, quem não se colocar em harmonia com ela, seja lá quem for, fica de fora.

Dentro desse conceito, estudando, pesquisando, avaliando, fico admirado com a influência que Jesus exerceu e continua exercendo ao longo dos tempos. 

Um exemplo claro disso aconteceu com Ibn Al Arabi (1165-1240). Ibn al-Arabī nasceu no sudeste da Espanha, um homem de puro sangue árabe cuja ascendência remonta à importante tribo árabe de Ṭāʾī. Foi um místico sufi, filósofo, poeta, viajante e sábio hispano-muçulmano do Alandalus, que deu à dimensão esotérica e mística do Islamismo sua primeira expressão filosófica completa. 

Venerado como o maior mestre espiritual, Ibn Al-Arabi passou o resto de sua vida em Damasco em contemplação pacífica, ensinando e escrevendo.  Seus escritos, tanto em poesia quanto em prosa, moldaram grandes partes do pensamento islâmico durante os séculos seguintes. 

Sobre Jesus, ele escreveu: “Tive muitos encontros com Ele; em visões e pelas suas mãos voltei-me a Deus. Ele orou por mim para que eu me firmasse na vida religiosa (din), tanto neste mundo como no outro e chamou-me de amado (habib). Ordenou-me a prática da renúncia (zuhd) e do desapego (tajrid)”.

Isso resultou numa visão vertical, natural, como dizem os famosos versos de Ibn Al Arabi: 
“Meu coração se tornou capaz de toda forma,

é um pasto para as gazelas e um mosteiro para os monges cristãos,

um templo para os ídolos e a Ka‘aba do peregrinoe as tábuas da Torá e o livro do Alcorão.” 

Ibn Al-Arabi é um exemplo muito claro da verticalidade ao analisarmos o processo de evolução pelo qual ele passou,  e também influenciou de forma marcante o Islamismo. Ele não ficou na horizontalidade do ensinamento muçulmano. Inspirado por Jesus, buscou na verticalidade tanto o ensinamento Dele, como também dos hebreus, alcançando a universalidade.

Jesus nos ensinou: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.  E quando se aceita e se entende isso, ocorre a iluminação a que qualquer um de nós pode ascender. Basta sair da horizontalidade e evoluir para a verticalidade. Na individualidade, no varejo.

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