2020 = 80

2020 = 80
Ao alvorecer deste ano novo, de repente me vejo ante dois fatos: primeiro é um ano bissexto; segundo é o ano em que vou completar 80 anos. Ano novo que representa o fim de uma década.
Chama-se bissexto o ano ao qual é acrescentado um dia extra, ficando com 366 dias, um dia a mais do que os anos normais de 365 dias, ocorrendo a cada quatro anos. Isto é feito com o objetivo de manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos sazonais relacionados às estações do ano. O ano bissexto foi criado em 1582, a pedido do Papa Gregório XIII, pelo alemão Cristhopher Flavius.
Eu nasci num ano bissexto, assim me vejo umbilicalmente ligado a este novo ano. É o meu ano. Sem dúvida muitas coisas boas acontecerão. Estou preparado e agradecido.
Além disso, temos a simbologia do número 8, universalmente considerado o símbolo do equilíbrio cósmico. O número 8 deitado simboliza também o infinito, e representa a inexistência de um começo ou fim, do nascimento ou da morte, e aquilo que não tem limite; representa ainda a ligação entre o físico e o espiritual, o divino e o terreno. No Japão, o número 8 é um número sagrado. Nas crenças africanas, o número 8 possui um simbolismo totalizador.
O número 8 é peculiar e visto como de grande poder pelos antigos gregos, que diziam: “Todas as coisas são oito”. Sua representação são dois quadrados, um sobre o outro ou dois círculos, também um sobre o outro. O octógono é a sua forma geométrica.
Assim, constato que tudo é favorável. Fazendo um retrospecto da minha vida, lembrei que quando era guri nós tínhamos um bolicho na rua 7 de Setembro, entre a 13 de Maio e a Rui Barbosa. Vendíamos de tudo, inclusive jogo-do-bicho. O que me deu um ensinamento para toda a vida: nos boletos do jogo, embaixo há uma inscrição: “Vale o escrito”. E adotei como paradigma permanente: o combinado não é caro.
Constatei também a minha identificação filosófica com o estoicismo, doutrina fundada por Zenão de Cício (335-264 a.C.), e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade.
Devido a isso, os estóicos apresentaram sua filosofia como um modo de vida e pensavam que a melhor indicação da filosofia de um indivíduo não era o que uma pessoa diz, mas como essa pessoa se comporta. Para viver uma boa vida, era preciso entender as regras da ordem natural, uma vez que ensinavam que tudo estava enraizado na natureza.
Esse entendimento pautou a minha vida de construtor social. Sêneca, um dos maiores expoentes do estoicismo, enfatizava que “a virtude é suficiente para a felicidade” tornando o estóico imune ao infortúnio. A sua vida é um exemplo perfeito da prática dessa filosofia: encarou e viveu de forma exemplar tanto na opulência como na desgraça, sem, em nenhum momento, alterar seu comportamento em função das circunstâncias.
Foi a ética estoica que teve maior influência no desenvolvimento da tradição filosófica. Desde a sua fundação, a doutrina estoica era popular com seguidores na Grécia romana e por todo o Império Romano, incluindo o imperador romano Marco Aurélio ( 121–180).
Os estóicos apresentavam uma visão unificada do mundo consistindo de uma lógica formal, uma física não dualista e uma ética naturalista. Dentre estes, eles enfatizavam a ética como o foco principal do conhecimento humano, embora suas teorias lógicas fossem de mais interesse para os filósofos posteriores.
O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas. Defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal (logos). Um aspecto fundamental do estoicismo envolve a melhoria da ética do indivíduo e de seu bem-estar moral: “A virtude consiste em um desejo que está de acordo com a natureza”. Este princípio também se aplica ao contexto das relações interpessoais; “libertar-se da raiva, da inveja e do ciúme” e aceitar até mesmo os escravos como “iguais aos outros homens, porque todos os homens são igualmente produtos da natureza”.
“O maior obstáculo à vida é a expectativa, que fica na dependência do amanhã e perde o momento presente. Tu dispões o que está nas mãos da Fortuna, deixas de lado o que está nas tuas. Para onde olhas? Para onde te projetas? Tudo o que há de vir repousa na incerteza. Vive de imediato!”
Ou seja, vamos viver o aqui e o agora! Ko’ápe ha ko’ãnga!
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Ao alvorecer deste ano novo, de repente me vejo ante dois fatos: primeiro é um ano bissexto; segundo é o ano em que vou completar 80 anos. Ano novo que representa o fim de uma década.

27 de agosto

No dia 27 de agosto, nós, corretores de imóveis, comemoramos o nosso Dia Nacional. Foi nessa data, em 1962, que o senador Auro Moura Andrade, presidente do Congresso Nacional, promulgou a lei 4116 que, inicialmente, deu reconhecimento à nossa atividade profissional.

7 de abril

7 DE ABRIL
Há uma convenção não escrita, pelo menos do meu conhecimento, que determina um dia no ano para comemoração de diversas datas que representam profissões, história, pessoas, santos, etc.
Antigamente era comum alguém dizer: “Vou pagar no dia de São Nunca”, “Vou fazer no dia de São Nunca”. Pois é, até o São Nunca tem dia: 1º de novembro, dia de Todos os Santos.
A complexidade do mundo moderno, com tantas e tão diferentes profissões, no intuito de homenagear cada uma, acabou criando um dia para comemoração individual.
A nobreza de cada profissão decorre diretamente da consciência, seriedade, responsabilidade, compromisso e amor com que é exercida. Assim, todas as profissões exercidas com esses conceitos, são nobres. Hoje vamos homenagear os jornalistas que tem seu dia comemorado no dia 7 de abril.
O dia 7 de abril, no Brasil, tem, historicamente, 3 comemorações:
A primeira: 7 de abril de 1831. É conhecida no calendário histórico brasileiro como o “Dia da Abdicação”. Nesse dia, D. Pedro I, depois de enfrentar vários meses de angustiantes protestos, como a famosa “noite das garrafadas”, decide abdicar do trono em favor de seu primogênito, depois D. Pedro II, então com 5 anos de idade, nomeando para seu tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. Qualquer semelhança com os acontecimentos destes dias não é mera coincidência. Hoje, como ontem, o povo não aguentava mais os desmandos do governante de plantão. Estaremos repetindo a história?
A segunda: 7 de abril de 1908. Fundação da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, por Gustavo de Lacerda. Autor das bases do estatuto da entidade que mais tarde se tornaria a ABI, Gustavo de Lacerda criou a Associação de Imprensa, da qual foi aclamado Presidente, naquela data. Ele visava a melhoria de condições de trabalho dos jornalistas e repórteres, bem como melhores salários. Entre seus objetivos estavam a criação de uma carteira de habilitação para jornalistas.
A terceira: 7 de abril de 1931. Quando da comemoração do primeiro século da abdicação, a ABI, cria o Dia do Jornalista, homenageando João Batista Líbero Badaró. Líbero Badaró nasceu na Itália e mudou-se para o Brasil, no ano de 1826. No Brasil, naturalizou-se, era um homem de princípios políticos em busca da liberdade dos cidadãos. Defensor do liberalismo, fundou e redigia o jornal O Observador Constitucional, surgido em 1829, crítico ferrenho do governo imperial. Foi assassinado. Ao morrer pronunciou uma frase que celebrizou-se como símbolo da defesa da liberdade de imprensa: “Morro defendendo a liberdade”.
Nestes tempos de tantas situações conflitantes, se sobressai de forma maiúscula a profissão do jornalista, cujas atuações quando contrariam o poder dominante são muitas vezes reprimidas com violência como aconteceu com Líbero Badaró e como acontece no mundo todo.
Eu tenho duas filhas que exercem e dignificam essa nobre profissão: Raquel e Flávia. Faço deste artigo uma homenagem a elas e a todos os jornalistas.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Há uma convenção não escrita, pelo menos do meu conhecimento, que determina um dia no ano para comemoração de diversas datas que representam profissões, história, pessoas, santos, etc. Antigamente era comum alguém dizer: “Vou pagar no dia de São Nunca”, “Vou fazer no dia de São Nunca”. Pois é, até o São Nunca tem dia: 1º de novembro, dia de Todos os Santos.

85 anos

85 ANOS
Na primeira metade do século passado os acontecimentos que se sucederam na nossa cidade constituíram-se em momentos memoráveis pela natureza de que foram revestidos e pelas consequências trazidas para o engrandecimento da nossa cidade e da nossa gente.
Entre esses acontecimentos, há um que se destaca por revelar com muita clareza o caráter, o idealismo, o compromisso e a responsabilidade dos líderes da nossa cidade e que marcou, por muito tempo, a formação de nossos políticos: a Revolução Constitucionalista de 32. Que neste 9 de julho completa 85 anos.
Naquele ano, os paulistas inconformados com os rumos pelos quais o presidente Getúlio Vargas vinha conduzindo o país começaram um movimento de oposição ao governo central.
Vargas, comandante vitorioso da Revolução de 30 que derrubou o presidente Washington Luís – carioca, mas que se notabilizou como político paulista –, quase ao final do seu mandato gerou uma insatisfação muito grande.
O governo dito provisório de Vargas, que havia se comprometido a realizar eleições, concentrou poder e nomeou interventores em todos os estados. Os paulistas exigiam a elaboração de uma nova constituição, a convocação de novas eleições e a saída do interventor no estado, o pernambucano  João Alberto. Não aceitavam a forma autoritária de governo de Getúlio.
Naquela oportunidade, os políticos do sul de Mato Grosso se identificaram com os revolucionários de São Paulo e aderiram ao levante insurrecional, deflagrado no dia 9 de julho daquele ano, 1932.
O então comandante da 9ª Região Militar com sede em Campo Grande, general Bertholdo Klinger, foi convocado para assumir o comando das tropas revolucionárias em São Paulo, e contando desde o princípio com a simpatia dos políticos do sul do nosso estado, decidiu criar um ponto de apoio em Campo Grande.
E assim, por um ato revolucionário, o general Klinger, antes de seguir para São Paulo de trem, transferiu a sede do estado de Cuiabá para Campo Grande, nomeando  Vespasiano Barbosa Martins, para o cargo de governador do estado. Este acontecimento se deu principalmente porque o norte de Mato Grosso permaneceu legalista e leal ao governo federal.
Os acontecimentos despertaram o espírito cívico da nossa população e, sob a liderança de Vespasiano, organizou-se a força expedicionária. A contribuição do nosso estado foi significativa, com pessoal, material bélico, alimentos, doação de cavalos, bovinos e arrecadação de recursos. Apesar disso, a comemoração anual da revolução em São Paulo raramente menciona a participação do nosso estado.
Todos os atos que o Diário Oficial publicou durante o governo de Vespasiano referem-se ao estado de Mato Grosso. Ou seja, o nome do estado permaneceu o mesmo, só houve a mudança da capital e do governador.
O ideal revolucionário consubstanciado na legalidade e na edição de uma nova constituinte foi a grande motivação de nossa gente, que se mobilizou de forma muito consciente e unida.
A semente que estimulou e norteou as lideranças em nosso estado produziu frutos que geraram novos políticos imbuídos do ideal da legalidade. E também ajudou a formar o caráter que moldou várias gerações de líderes que se destacariam depois, tais como Demóstenes Martins, Etalívio Pereira Martins, Athamaril Saldanha, Fernando Corrêa da Costa, Arnaldo Estevão de Figueiredo, Dolor de Andrade e Arlindo Gomes de Andrade.
O movimento inspirou também a mobilização da classe estudantil daquela época, a exemplo de Oclécio Barbosa Martins, Paulo Coelho Machado, Ruben Castro Pinto (presidente da Liga Sul-mato-grossense de Estudantes, criada em 1932 no Rio de Janeiro), Wilson Barbosa Martins (ainda vivo, completou 100 anos no dia 21 de junho), e muitos outros, que agiram sempre inspirados por esse mesmo ideal.
Esse movimento que agora completa 85 anos foi crucial para a ideia da criação do nosso estado. Uma semente fértil de frutos abundantes.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Na primeira metade do século passado os acontecimentos que se sucederam na nossa cidade constituíram-se em momentos memoráveis pela natureza de que foram revestidos e pelas consequências trazidas para o engrandecimento da nossa cidade e da nossa gente.

Entre esses acontecimentos, há um que se destaca por revelar com muita clareza o caráter, o idealismo, o compromisso e a responsabilidade dos líderes da nossa cidade e que marcou, por muito tempo, a formação de nossos políticos: a Revolução Constitucionalista de 32. Que neste 9 de julho completa 85 anos.

A Assinatura de Deus

Como se sabe, existe uma lei que protege o direito autoral. Assim, todos aqueles que,  de uma forma ou de outra, criarem uma obra produzida por sua própria inteligência, criatividade e talento, têm direito ao justo reconhecimento público e à remuneração pelo uso do seu trabalho.

A Bandeira do Brasil

Com a proximidade do Dia da Bandeira, 19 de novembro, tomado pelo espírito cívico e lendo um texto da Vera Tylde de Castro Pinto (historiadora associada do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul), e também instado pelo meu irmão maçom, Atinoel Luiz Cardoso, me vi na contingência de escrever sobre essa data tão importante e ultimamente tão esquecida, cuja comemoração praticamente passou em branco. Fruto, talvez, da indiferença generalizada na vida nacional nestes tempos.

A batalha da dengue

A BATALHA DA DENGUE
A dengue é a bola da vez.  É a celebridade do momento. Está em todas as mídias escrita, televisada, falada. Está em todas as rodas de conversa. Não se fala de outra coisa.
O vírus da dengue, provavelmente, se originou de vírus que circulavam em primatas na proximidade da península da Malásia.
O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, mosquitos transmitiram vírus ancestrais dos primatas aos humanos que, após mutações, originaram nossos quatro diferentes tipos de vírus da dengue. Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili “ki dengu pepo”, que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever a enfermidade que acometeu os ingleses durante a epidemia que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928. Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. E daí, aos poucos, foi se disseminando por todo o planeta.
Mato Grosso do Sul tem 19.956 casos notificados de dengue até o dia 26 de janeiro último, quando se encerrou a semana epidemiológica n° 4, conforme balanço da Secretaria de Estado de Saúde. O número é 65 vezes maior que o registrado na mesma semana epidemiológica do ano passado, quando foram notificados 307.
Campo Grande continua com o maior número de casos, 14.941 notificações e índice de incidência de 1.876 casos para cada 100 mil habitantes. Lembrando que os dados apresentados pelo Estado são computados até o dia 26 de janeiro, enquanto o último boletim da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) aponta que hoje a cidade tem 15.515 casos suspeitos.
Pois bem. A dengue como doença se apresentava para mim, à distância. Pelo noticiário sempre presente, mas à distância. De repente, sem pedir licença, entra sem bater, toma assento e senta praça. Em quem? Em minha família em dose tripla: na minha mulher, Rosaria, no meu genro Belchior Cabral, marido da minha filha Andréa, e em minha neta Isabela, filha da Alessandra e do Haroldo Braga. E agora? Toca a correr para o posto de saúde mais próximo, o do bairro Tiradentes, o da nossa paróquia.
E lá no posto de saúde, foram atendidos a Rosaria e o Belchior. A Isabela teve um tratamento particular. E como se sabe, nada acontece por acaso. A oportunidade dessa doença nos permitiu conhecer e tomar intimidade com o atendimento da saúde em nossa cidade, pela prefeitura. Ficamos agradavelmente surpresos. O atendimento foi de primeira: funcionários atentos, técnicas de enfermagem competentes, dedicadas, solícitas, médicos pacientes.
Com a epidemia instalada, o posto foi naturalmente invadido por uma população doente, carente de atendimento e postulando um atendimento pronto. O que foi feito. Não assisti nenhuma reclamação.
Como se sabe, a doença tem uma progressão que leva de 7 a 10 dias. Assim freqüentamos o posto por esse período todo, diariamente. Notamos a limpeza do local, com assepsia. Durante o atendimento, num determinado período, a Rosaria ficou tomando soro por mais de 6 horas em um ambiente refrigerado, em que 8 macas foram instaladas e os pacientes atendidos com toda atenção, respeito, competência, com as técnicas de enfermagem circulando constantemente, sem parar, entre os leitos, atendendo as necessidades de cada um, com cordialidade, como verdadeiros anjos guardiões de todos. Enfim, ficamos satisfeitos.
Na fase mais aguda, contamos com a valiosa atenção do nosso amigo, irmão, companheiro de fé, Cezar Galhardo que, com a sua competência inata e habitual, ajudou em muito a minimizar essa fase.
Serviu também, para mais uma vez, confirmarmos a total solidariedade da nossa família.
Fica aqui registrado o nosso agradecimento a todo o corpo clínico do posto de saúde dr. Antônio Pereira, cujo nome identifica o local e que foi um médico dos mais humanitários e dedicados que conheci.
Há poucos dias recebi uma mensagem via internet, em que um médico chamado Radjalma Cabral de Lima, informava sobre as qualidades do cravo amarelo, cujas folhas são compostas, com cheiro inconfundível. A recomendação é que se faça um chá fervido com 10 folhas para um litro de água. Envolvido com as tribulações da doença, quando busquei e consegui as folhas, a doença já estava no seu término. Dessa forma, não consegui comprovar a sua eficácia. De qualquer maneira fica a dica. Mal não vai fazer.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

A dengue é a bola da vez.  É a celebridade do momento. Está em todas as mídias escrita, televisada, falada. Está em todas as rodas de conversa. Não se fala de outra coisa.O vírus da dengue, provavelmente, se originou de vírus que circulavam em primatas na proximidade da península da Malásia. 

O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, mosquitos transmitiram vírus ancestrais dos primatas aos humanos que, após mutações, originaram nossos quatro diferentes tipos de vírus da dengue. Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili “ki dengu pepo”, que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever a enfermidade que acometeu os ingleses durante a epidemia que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928. Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. E daí, aos poucos, foi se disseminando por todo o planeta.

A Busca Incessante.

A BUSCA INCESSANTE
Desde que o mundo é mundo, desde quando o homem se sentiu como um ser dotado de vontade, de desejos e de consciência, há uma busca incessante em procura da sua origem, do seu Deus, da explicação para a sua existência.
Desde o princípio foram sendo criadas leis, religiões, filosofias, todas com a finalidade de proporcionar ao ser humano um código de conduta que lhe permitisse conviver com seu semelhante de forma harmônica e igualitária ou deturpada para conceder a alguém, o domínio de um povo, de um país, de uma comunidade, de um continente.
O mais antigo código que se conhece é o Código de Hamurabi promulgado em 1752 antes de Cristo pelo imperador da Babilônia (Mesopotâmia), e que leva o seu nome. Ele teve como base a lei do talião: “Olho por olho, dente por dente”, dele se derivaram diversos outros documentos. Essa penalidade não tinha recurso, era determinativa. Com a evolução da humanidade esses mecanismos foram sendo suavizados. A lei mosaica adotava o mesmo princípio. Até que veio Jesus e nos deixou como orientação o mandamento maior: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”.
Entendo que a Alta Espiritualidade, a Ordem Maior que rege todo o Universo, dentro de seus propósitos suscita a encarnação de seres de elevada estirpe, para ao longo dos tempos, em cada época, em cada país, em cada povo, para conduzir a humanidade. Daí o nascimento das diversas religiões.
As filosofias que tiveram o seu auge na Grécia antiga no século V antes de Cristo, tendo como expoentes máximos Sócrates, Platão e Aristóteles se constituíram na base do pensamento ocidental. E tinham como ensinamento básico o: “Conhece-te a ti mesmo”. Esse período, as imediações do século V, foi uma época de ouro na história da humanidade. Viveram nesse período, Hipócrates, Sócrates, Platão, Aristóteles e Pitágoras na Grécia, na Índia, Buda, na China, Lao-tsé e Confúcio.
As religiões conhecidas e que permanecem no tempo e no espaço, são a tradicional chinesa, o hinduísmo, o judaísmo, o budismo, o cristianismo e o islamismo.
Essa busca, ao longo dos tempos, foi se cristalizando nas diversas denominações religiosas que compõem o universo humano. Todas elas propiciam a seus adeptos um ordenamento que buscam oferecer basicamente um código de conduta.
O cristianismo foi se dividindo inicialmente entre católicos, protestantes e ortodoxos. O islamismo logo depois da morte do profeta Maomé se dividiu entre sunitas e xiitas, divisão que permanece até hoje. As demais religiões permaneceram mais ou menos compactas ao longo dos tempos. Mas, a interpretação de suas doutrinas variaram naturalmente.
O cristianismo foi abrigando novas mudanças como aconteceu com o espiritismo, codificado pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que ficou conhecido como Allan Kardeck.  O espiritismo, que se difundiu por todo o mundo, abriu um novo entendimento da vida e da sua evolução na espiritualidade, dando um alento ao ser humano e através da revelação da reencarnação libertou-o do medo da morte, dando-lhe uma certeza da continuidade após este evento.
Enfim, vários são os caminhos que o ser humano tem percorrido na busca incessante em direção à verdade. A mesa está posta, cada um pode se servir como melhor lhe aprouver.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Desde que o mundo é mundo, desde quando o homem se sentiu como um ser dotado de vontade, de desejos e de consciência, há uma busca incessante em procura da sua origem, do seu Deus, da explicação para a sua existência.

Desde o princípio foram sendo criadas leis, religiões, filosofias, todas com a finalidade de proporcionar ao ser humano um código de conduta que lhe permitisse conviver com seu semelhante de forma harmônica e igualitária ou deturpada para conceder a alguém, o domínio de um povo, de um país, de uma comunidade, de um continente.

A cápsula do tempo da Santa Casa

A CÁPSULA DO TEMPO DA SANTA CASA
Uma cápsula do tempo é um recipiente especialmente preparado para armazenar objetos ou informações com o objetivo de serem encontrados pelas gerações futuras. Tal expressão começou a ser utilizada a partir de 1937, embora a ideia seja tão antiga quanto os primeiros assentamentos humanos na Mesopotâmia.
Muitos nobres da antiguidade foram sepultados com numerosos pertences, e assim a posteridade pôde absorver valiosas informações sobre sua época, hábitos e costumes.
A iniciativa de preservar os objetos mais representativos de uma época não se limitou aos túmulos antigos nem aos modernos museus.
Muitas pessoas tomaram a atitude de criar verdadeiras cápsulas do tempo, para que fossem abertas décadas ou séculos depois. Segundo o historiador e professor Paul Hudson, co-fundador da Sociedade Internacional Cápsula do Tempo (ITCS), só nos Estados Unidos existem mais de 1 400 depósitos do gênero, variando de uma pequena caixa até grandes cômodos repletos de peças.
Trata-se de um invólucro durável que documenta sua época original, basicamente por meio de objetos e relíquias materiais. A Sociedade Internacional de Cápsula do Tempo estima que existam cerca de 15 mil cápsulas do gênero no mundo, entre conhecidas e desconhecidas.
A Santa Casa de Campo Grande, em 1941, criou sua própria cápsula do tempo que foi implantada em local não identificado e foi descoberta 72 anos depois, na época da construção de novos pavilhões, sendo levada com o entulho da obra para um lixão da cidade. Alguns jovens, curiosos, tiveram suas atenções voltadas para aquela pedra enorme e muito pesada e a levaram para casa. Depois de um ano e muitas discussões em torno do achado, resolveram, por orientação do Filho do Padre, apelido de Élzio Moreira da Silva, na época presidente da Associação de Moradores da Vila Nasser, entrar em contato com a diretoria da Santa Casa, que pôde, assim, recuperar aquele tesouro perdido.
Agora, por ocasião das festividades do centenário da Santa Casa e por sugestão do ouvidor-geral, Gilton Almeida Silva, a diretoria decidiu implantar uma nova cápsula. Esta, para não correr riscos, foi depositada no jardim frontal da Santa Casa, tendo, para sua identificação, um lindo totem (projeto da arquiteta Thays Freitas de Andrade) com uma mensagem para o futuro. A sugestão é que esta cápsula seja aberta no dia 18 de agosto de 2067, quando transcorrerá o sesquicentenário da instituição.
Para elaborarmos esta cápsula, seguimos a orientação básica para sua execução, prescrita pela Sociedade Internacional de Cápsulas do Tempo, e a adaptamos para a nossa realidade. Seguimos os seguintes parâmetros: Duração – 50 anos/ Local: Jardim frontal da Santa Casa/ Tipo do recipiente: Caixa de metal, bem vedada com os conteúdos colocados em pé/ Comemoração do centenário e ata manuscrita com descrição de todo o conteúdo.
Há várias cápsulas do tempo “enterradas” no espaço. As sondas espaciais do Programa Voyager, por exemplo, carregam um disco com informações sobre o planeta Terra e visam deixar o Sistema Solar em direção a outros sistemas.
As comemorações do centenário continuam com a apresentação da peça teatral “Santa Casa – Cem anos de Solidariedade” a ser encenada por funcionários da instituição que estão sendo dirigidos por Andréa Freire e Conceição Leite, em uma produção da Marruá Arte e Cultura.
Assim, teremos mais festividades pela frente. A comemoração final será em agosto de 2018.
Heitor Rodrigues Freire – Vice-presidente da ABCG Santa Casa;

 Uma cápsula do tempo é um recipiente especialmente preparado para armazenar objetos ou informações com o objetivo de serem encontrados pelas gerações futuras. Tal expressão começou a ser utilizada a partir de 1937, embora a ideia seja tão antiga quanto os primeiros assentamentos humanos na Mesopotâmia.

Muitos nobres da antiguidade foram sepultados com numerosos pertences, e assim a posteridade pôde absorver valiosas informações sobre sua época, hábitos e costumes. A iniciativa de preservar os objetos mais representativos de uma época não se limitou aos túmulos antigos nem aos modernos museus. Muitas pessoas tomaram a atitude de criar verdadeiras cápsulas do tempo, para que fossem abertas décadas ou séculos depois.

A celebração da morte

A CELEBRAÇÃO DA MORTE
O desconhecimento que obscurece nosso entendimento a respeito da vida e da sua finalidade acaba gerando insegurança, medo, dúvida, angústia e frustração com relação à morte.
Desde os tempos mais remotos, os seres iluminados têm orientado a humanidade para que cada um se volte para o seu interior, descobrindo a si mesmo. Inicialmente essa descoberta ficou restrita ao interior dos templos, sem acesso por parte das pessoas não iniciadas, chamadas de pessoas comuns, de profanos. Na realidade ninguém é comum, porque cada um tem em seu interior todo o instrumental necessário para sua evolução, para o seu aprimoramento e para sua libertação. Que só ocorre por intermédio do autoconhecimento.
As filosofias que tiveram o seu auge na Grécia antiga no século V antes de Cristo, tendo como expoentes máximos Sócrates, Platão e Aristóteles, constituíram-se na base do pensamento ocidental. E tinham como ensinamento básico: “Conhece-te a ti mesmo”. Esse período, as imediações do século V, foi uma época de ouro na história da humanidade. Viveram nesse período, além dos já mencionados, Hipócrates e Pitágoras na Grécia; na Índia, Buda e na China, Lao-tsé e Confúcio.
Entre os grandes legados que Pitágoras deixou, destacam-se Os Versos de Ouro, que expressam com clareza em poucas palavras o compromisso de vida dos pitagóricos de todos os tempos. Sua mensagem será provavelmente tão válida dentro de 20 ou 25 séculos à frente como era na Grécia e na Roma antigas. Por outro lado, durante a complexa transição presente para uma civilização planetária e democrática, os Versos apontam e sinalizam impecavelmente o caminho da auto-regeneração de cada indivíduo, que constitui a base fundamental para o renascimento coletivo da sabedoria.
Vejam estes versos:
31. Não faças nada que sejas incapaz de entender,
32. Mas aprende tudo o que for necessário aprender, e desse modo terás uma vida feliz.
Estes dois versos mostram que deve haver fidelidade entre o que se fala e o que se faz. É indispensável o sentimento de fidelidade.   Daí que a fidelidade deve ser consciente e coerente. Mas não deve ser rígida, cega, imutável.
Nessa caminhada para o mundo interior, para dentro de si mesmo, a humanidade foi evoluindo aos poucos. Dando um salto no tempo, chegamos a Santo Agostinho, cuja maior descoberta é a intimidade. E quando ele se questiona, diz: “Deum et animam scire cupio – quero conhecer a Deus e à alma. Nihil aliud, nada mais, absolutamente nada mais”.
Julian Mariás Aguilera, filósofo espanhol contemporâneo, acrescenta: “Espiritual não quer dizer não-material; há uma tendência muito frequente de entender o espiritual como aquilo que não é material; e não é disso que se trata, mas de algo muito importante: espiritual é aquela realidade que é capaz de entrar em si mesma, o poder de entrar em si mesmo é o que dá a condição de espiritual, não a não-materialidade. A insistência no imaterial ocultou o que é essencial, que é precisamente a capacidade de entrar em si mesmo.”
Ele continua:
“Por isso Santo Agostinho dirá: não vá fora, entra em ti mesmo: no homem interior habita a verdade: Noli foras ire, in te ipsum redi: in interiore homine habitat veritas. Essas palavras são de uma enorme relevância, são até de um extraordinário valor literário. É disso que se trata: do homem interior. A descoberta é a interioridade, a intimidade do homem.
E é justamente Santo Agostinho quem vai perceber que quando o homem fica apenas nas coisas exteriores, esvazia-se de si mesmo. Quando entra em si mesmo, quando se recolhe na sua intimidade, quando penetra precisamente naquilo que é o homem interior, o mundo interior – naturalmente existe um mundo exterior também, mas o decisivo é o mundo interior –, é justamente aí que Deus se encontra. É aí que se pode encontrá-Lo, e não nas coisas, não imediatamente nas coisas. Primariamente, por experiência, em algo que é justamente sua imagem”.
Para Santo Agostinho, “é preciso levar a sério que o homem é imago Dei, imagem de Deus. É evidente que para encontrar a Deus, o primeiro passo, e o mais adequado, será buscar sua imagem, que é o homem como intimidade, o homem interior.”
E é essa busca que precisamente vai libertar o ser humano de todo preconceito, vai levá-lo para o seu interior, onde encontrará a verdade e se libertará. Jesus disse: “Buscai a verdade e ela vos libertará”.
Assim, a partir dessa descoberta cessará toda angústia, toda incerteza, toda frustração e como consequência lógica, o medo da morte.
A morte é um acontecimento certo e inevitável na vida de cada um de nós, embora seja indesejável pela maior parte das pessoas. E isto porque ignoram o seu benefício.
É um acontecimento para ser celebrado e não lamentado. Ela nos iguala a todos. Mais cedo ou mais tarde, de uma maneira ou de outra, seremos confrontados com ela.
Eu tenho certo fascínio pela morte. Parafraseando Che Guevara: “Quando vier, será bem-vinda”.
Heitor Freire – Corretor de imóveis e advogado.

O desconhecimento que obscurece nosso entendimento a respeito da vida e da sua finalidade acaba gerando insegurança, medo, dúvida, angústia e frustração com relação à morte.

Desde os tempos mais remotos, os seres iluminados têm orientado a humanidade para que cada um se volte para o seu interior, descobrindo a si mesmo. Inicialmente essa descoberta ficou restrita ao interior dos templos, sem acesso por parte das pessoas não iniciadas, chamadas de pessoas comuns, de profanos. Na realidade ninguém é comum, porque cada um tem em seu interior todo o instrumental necessário para sua evolução, para o seu aprimoramento e para sua libertação. Que só ocorre por intermédio do autoconhecimento.

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