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Heitor Freire

Da Administração Municipal – III

Hoje vou abordar um ponto que poucas vezes merece atenção dos historiadores: o ser humano.
Há uma atenção exagerada aos fatos e aos eventos, sem contudo considerar que tanto estes como aqueles são realizados por seres humanos.
No meu trabalho no Instituto Histórico e Geográfico, do qual sou vice-presidente, tenho um raro privilégio: o de conviver com pessoas dedicadas à cultura e à sua difusão. Pessoas comprometidas com o trabalho que fazem e com o próprio Instituto. Dessas pessoas, destaco hoje a figura do professor Hildebrando Campestrini, seu presidente.
O professor Campestrini sempre chama atenção para um detalhe: “A história é a memória de pessoas, não de prédios”. E complementa: “A grande deficiência da nossa história é a falta de estudo dos agentes, dos atores da história”.  
E a história é feita por esses atores anônimos que, rotineiramente, fazem o seu trabalho sem buscar os holofotes, com dedicação.
Os funcionários públicos a quem vou me referir neste artigo honram e dignificam a sua atividade profissional pela dedicação, competência e capacidade que, como agentes públicos, merecem a fé pública que lhes é inerente ao exercício do trabalho. São funcionários com quem ao longo do tempo eu me relacionei profissionalmente, e que aprendi a admirar e a respeitar.
Destaco, dos funcionários mais antigos da prefeitura, na então secretaria de obras hoje Semadur, a Eli Viana Nunes, do  cadastro – foi ela quem inicialmente organizou o cadastro municipal; o Jessé Soares da originária repartição do trânsito municipal; a Alzira Amano, que conduzia com muita competência a aprovação de plantas e loteamento. Qualquer que fosse o prefeito, de qualquer partido, eles permaneciam em seus cargos pela sua competência, e a Doraci Cunha Ramos, algumas vezes secretária de finanças, verdadeiro padrão de comportamento e de correção.
Dos atuais funcionários: a dona Floripe Ribeiro Soares –  embora prestes a se aposentar –  da área de lançamento de tributos; Cláudio Nakazato, da avaliação imobiliária; Valdecy Pereira Siqueira, da cartografia; Wilson Brasil, da cartografia e fiscalização; o Carlos Ximenes, da divisão de análise de projetos;  a Marta Lúcia Martinez da Silva, a Cristina Manvailler e a Rita de Cássia, no Planurb; a Vera Bacchi na EMHA; a  Edna Venturini no CAOC, e finalmente o Jerônimo Barros da Costa, na Agetran.
Não posso deixar de mencionar também o senhor  Arlindo Pereira de Souza , no ITCD, repartição estadual, onde diuturnamente trabalha com a perseverança das formiguinhas, atento, avaliando com muito critério e técnica os imóveis para efeito de transmissão, não se deixando influenciar, e que no exercício do seu múnus profissional, é dos que mais entende de avaliação imobiliária.
Ao mencionar esses profissionais exemplares – que são todos verdadeiros mensageiros a Garcia –, homenageio a todos os funcionários públicos, em quem observo, de um modo geral, uma consciência profissional muito clara, que dignificam a sua classe, com satisfação no trabalho, no trato com os contribuintes, atendendo a todos, sem distinção, com dedicação e até, às vezes, com afeto.
Observei que eles têm algumas características que são mais marcantes em alguns, mas que são inerentes a todos: são pessoas simples, disciplinadas, responsáveis, trabalhadores sem ostentação, incansáveis, tendo noção de que o sentido fundamental do trabalho é o que realizamos com as nossas vidas, orgulhando-se disso, do que fazem e por isso fazem bem feito, tendo portanto, prazer em seu trabalho.
São também pessoas perseverantes, respeitadoras, conscientes, a sua honestidade é transparente, exala do seu ser e são verdadeiros exemplos para os seus colegas.
Fica assim registrada a minha homenagem e o meu respeito a todos os funcionários públicos, principalmente a estes citados por mim.

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