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Heitor Freire

Ab Imo Pectore

Uma das coisas que identifiquei em mim há algum tempo era a falta de sintonia entre o que eu falava e o que eu fazia. Quando percebi isso, me causou um grande desconforto. Me senti fragilizado. Diminuído. Quando comecei a fazer uma auto-análise do meu comportamento e detectei essa situação, consegui, aos poucos, mudar isso.
Considero fundamental uma coerência entre o que se fala e o que se faz. O apóstolo Paulo, na 1ª Carta aos Coríntios, capítulo 9, versículo 27, diz: “… para não acontecer que eu proclame a mensagem aos outros, e eu mesmo venha a ser reprovado”. Este versículo vem bem a propósito do que afirmei inicialmente. Se o que eu falo e escrevo não representar clara e sinceramente os meus atos, eu estaria então fazendo um jogo de cena, simulando um entendimento, que não alcancei ou que não vivi, e que em consequência seria falso.
Escrevi tempos atrás no artigo “Da Gentileza e da Alegria de Viver”, sobre a experiência que vivi no Posto Municipal de Saúde dr. Jair Garcia de Freitas, relatando o atendimento que ali me foi dado. Pois bem. Instado pela senhora que me atendeu inicialmente, naquela oportunidade, a respeito da excelência do tratamento dentário proporcionado pelo posto, por intermédio do cirurgião-dentista Flávio Lechuga Capriata, decidi fazer uma consulta.
Eu que achava que os meus dentes estavam em ordem, fiz a consulta, e para minha surpresa, o dr. Flávio constatou a necessidade de fazer algumas restaurações que, com o tempo, tenho 71 anos, se tornaram indispensáveis. Assim, me dispus ao procedimento. Mais uma agradabilíssima surpresa: a qualidade do atendimento, a confirmação do tratamento e a vocação consciente para um trabalho profissional de grande quilate. O dr. Flávio é assessorado pela Deni do Nascimento, atendente e auxiliar no tratamento, que também prima pela mesma cartilha. Eu me senti como cliente particular porque quando, por circunstâncias, haveria uma mudança da data do atendimento, a tempo e hora, a Deni informava e já marcava a nova data.
Ou seja, mais uma vez me sinto no dever de externar publicamente meu agradecimento pelo tratamento que recebi e, ao mesmo tempo, concito a nossa população a procurar por esse atendimento. Tenho plena certeza que ficarão muito satisfeitos. Hoje é muito comum as pessoas reclamarem de tudo, principalmente do atendimento na rede pública de saúde. Por isso fica aqui o meu testemunho.
Sinto que o que se pratica naquele posto de saúde é que se compreendeu a verdadeira natureza do ser humano, aprendendo a viver em harmonia com a lei natural, a sensação de bem estar e o relacionamento prazeroso no trabalho. No fazer do dever bem feito. Como muito bem disse Khalil Gibran, em O Profeta: “trabalhar com amor … é tecer a tela com fios tirados do coração, como se aquele tecido fosse vestir a própria pessoa amada”.
O que faço aqui é um ato de agradecimento pelo tratamento que me foi dispensado. E sinto que a nossa vida transcorre com um fluir natural, alegre, consciente, quando buscamos em nosso coração o sentimento para expressar o nosso entendimento. A vida é maravilhosa, é um dom de Deus, Pai Altíssimo, a oportunidade para que cada um se transforme no seu próprio mestre.
Ab Imo Pectore, do fundo do coração, é como sinto neste momento essa alegria que este agradecimento me proporciona e que representa também a integração harmoniosa de todos os elementos e forças que estruturam o campo da existência, que se expande da mesma forma, como bem afirma Deepak Chopra, em seu livro As Sete Leis Espirituais do Sucesso, complementando: “A mera experiência da gratidão lhe permite participar da lei da doação”.

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