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Heitor Freire

Chochinho II

Continuamos com a narrativa de fatos do personagem riquíssimo que foi José Ferreira dos Santos Irmão. Chochinho para os íntimos.
Durante um evento festivo, na AABB – Associação Atlética Banco do Brasil, Chochinho foi convidado e auxiliou o então presidente da associação, Ney Sant’Anna de Carvalho, na organização da festividade. Durante o transcorrer da festa ele tomou uns “goles” a mais. Sentindo-se mal, correu para o banheiro. Ao lá chegar encontrou um cliente do banco – o homenageado da festa. O coitado do Chochinho não teve tempo de conter sua ânsia de vômito vindo a “batizar” o cliente.  Foi um fuzuê, pois o prejudicado queria ter uma conversa muito séria com ele.  Entrou o time do “deixa disso” e, mais uma vez, o Chochinho, escapou ileso. 

Em outra ocasião, acompanhando o então gerente do banco, João Proença de Queiroz, para conhecer a fazenda de sua propriedade, com outros colegas, ao lá chegar este disse, abarcando todo o horizonte com as mãos: “Tudo isso é nosso”. Chochinho na bucha: “Quero vender a minha parte”. 

Em um determinado expediente, no banco, o chefe da expedição tinha sido incumbido de uma missão especial. Determinou então que Chochinho fizesse o fechamento e preparação de todos os documentos produzidos no dia anterior. Como o volume era representativo, tanto em tamanho, quanto em peso, em determinado momento ele se atrapalhou e a papelada foi toda ao chão, espalhando-se completamente.  Chochinho apressou-se em juntá-los sem qualquer critério, colocando-os não mais na ordem correta, misturando-os aleatoriamente.  O que lhe valeu uma bronca da qual se safou dizendo que a responsabilidade não era dele, mas de quem lhe delegara uma tarefa para a qual não fora treinado. O que acabou transferindo a bronca para o chefe.
Na última etapa de sua vida funcional, foi transferido para o CESEC – Centro de Processamento de Dados do Banco Brasil. Quando chegava para o trabalho, saudava assim aos colegas: “Bom dia, seus filhos da luta”.
Chochinho despediu-se da vida da mesma maneira em que a viveu: foi até a Padaria Pão Bento pagar a coleta dos pães que distribuía gratuitamente a pessoas carentes. Ao sair daquele local, sentiu-se mal, colocou as mãos no peito e lentamente caiu ao chão. Parecia mais uma de suas brincadeiras. Mas não era… estava saindo do nosso convívio para, quem sabe, alegrar, ainda mais, a casa do Pai.

 

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