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Heitor Freire

100 anos

100 ANOS
Quando uma instituição alcança a marca de 100 anos de existência, tornando-se secular, reveste-se de uma sacralidade superior. É a posição que a vetusta Associação Beneficente de Campo Grande, a Santa Casa, ostenta hoje.
Em agosto de 1917, alguns cidadãos da nascente freguesia de Santo Antônio de Campo Grande, sentindo a necessidade de construir um hospital para prestar serviço médico-hospitalar, uniram-se sob a liderança de Eduardo Santos Pereira, Bernardo Franco Baís e Vitor M. Pache a fim iniciar uma campanha para levantar fundos e dar início à empreitada.
Conseguiram sensibilizar a população, pois arrecadaram 27 mil contos de réis, uma soma tão elevada que permitiu a Bernardo Franco Baís, em 1920, adquirir por 10 mil contos de reis um terreno com 60 mil metros quadrados nos altos das ruas  Rui Barbosa e 13 de maio, e ali construir a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande, para “atender aos desvalidos e indigentes” de nossa cidade.
O hospital, inaugurado em 1928, dispunha inicialmente de 40 leitos e teve seu projeto elaborado por Camillo Boni, um arquiteto italiano radicado em Campo Grande que muito contribuiu para o progresso da nossa comunidade.
Nesse período de 100 anos é emocionante constatar que, apesar das dificuldades em toda a trajetória, um grupo de pessoas honradas e dedicadas se uniu com determinação em torno de um ideal nobre, salvar vidas e curar os doentes.
Desde o começo os líderes da cidade se revezaram na direção da entidade. O primeiro presidente eleito em 1919 foi o capitão médico Eusébio Teixeira, tendo como vice-presidente Bernardo Franco Baís, que acabou por assumir a presidência após a renúncia do titular, transferido de Campo Grande. Baís exerceu a presidência até 1925, quando assumiu Eduardo Santos Pereira.
A continuidade da instituição foi mantida principalmente pela permanência prolongada de alguns presidentes que assim foram se especializando na administração do hospital, como Eduardo Santos Pereira, presidente de 1925 a 1932; Juvenal Alves Corrêa, de 1933 a 1946; Aikel Mansour, de 1947 a 1961; José Nasser, de 1962 a 1971; e, Arthur D’Ávila Filho, o mais longevo, que exerceu o cargo por 15 anos ao longo de cinco mandatos intercalados a partir de 1975.
A atual administração, presidida por Esacheu Cipriano Nascimento – que está, pela terceira vez, dirigindo nossa associação –, deu início no último dia 17 às festividades do primeiro centenário da Santa Casa, com descerramento da placa do prédio principal do  hospital, que leva o nome de Arthur D’Ávila Filho.
O evento também homenageou algumas pessoas que se tornaram caras à entidade pela contribuição que deram ao longo de sua história, como Maria Aparecida D’Ávila, Pedro Pedrossian, Maria Aparecida Pedrossian, Celso Costa, Eudes Costa, Giannino Camillo e Silvano Cola.
Foram homenageados ainda os ex-presidentes Juvêncio César da Fonseca, Athayde Nery de Freitas, Renato Alves Ribeiro, Sinval Martins de Araújo, Elias Gazal Dib e Wilson Levi Teslenco.
As festividades terão continuidade no dia 1º de abril com o lançamento do selo comemorativo do centenário, cuja cerimônia de obliteração será conduzida pela diretoria regional dos Correios e Telégrafos. Na mesma data será lançada a revista trimestral da Santa Casa.
Dando prosseguimento aos eventos comemorativos, teremos no dia 18 de agosto o lançamento do livro que retratará a história do hospital e haverá uma justa homenagem às pessoas que contribuíram efetivamente durante todo o centenário da entidade.
Para finalizar, destaco dois momentos magnos da história da Santa Casa: em 1928, a inauguração do primeiro pavilhão e em 1980, a inauguração do prédio atual. E houve um momento negro recente, quando da intervenção pelo poder público em 2005, que teve o efeito de unir os associados de uma forma marcante: durante oito anos, até 2013, ocasião em que retomamos a administração da Santa Casa por decisão judicial, mantivemos a chama acesa, elegendo a diretoria a cada dois anos e fortalecendo os laços de união em torno do nosso ideal.
É impressionante em nossa história a incrível insensibilidade dos administradores municipais, destes últimos 20 anos, com a Santa Casa. Desde André Puccinelli, passando por Nelson Trad Filho, Alcides Bernal, Gilmar Olarte, e, agora, que estávamos esperançosos de encontrar apoio por parte do atual prefeito, Marcos Trad, que assim se comprometera, estamos percebendo uma perspectiva pessimista.
Enfim, vamos em frente. Tudo será devidamente registrado no livro do centenário.
Heitor Freire – Diretor Secretário da ABCG.

Quando uma instituição alcança a marca de 100 anos de existência, tornando-se secular, reveste-se de uma sacralidade superior. É a posição que a vetusta Associação Beneficente de Campo Grande, a Santa Casa, ostenta hoje. 

Em agosto de 1917, alguns cidadãos da nascente freguesia de Santo Antônio de Campo Grande, sentindo a necessidade de construir um hospital para prestar serviço médico-hospitalar, uniram-se sob a liderança de Eduardo Santos Pereira, Bernardo Franco Baís e Vitor M. Pache a fim iniciar uma campanha para levantar fundos e dar início à empreitada.

Conseguiram sensibilizar a população, pois arrecadaram 27 mil contos de réis, uma soma tão elevada que permitiu a Bernardo Franco Baís, em 1920, adquirir por 10 mil contos de reis um terreno com 60 mil metros quadrados nos altos das ruas  Rui Barbosa e 13 de maio, e ali construir a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande, para “atender aos desvalidos e indigentes” de nossa cidade.

O hospital, inaugurado em 1928, dispunha inicialmente de 40 leitos e teve seu projeto elaborado por Camillo Boni, um arquiteto italiano radicado em Campo Grande que muito contribuiu para o progresso da nossa comunidade.

Nesse período de 100 anos é emocionante constatar que, apesar das dificuldades em toda a trajetória, um grupo de pessoas honradas e dedicadas se uniu com determinação em torno de um ideal nobre, salvar vidas e curar os doentes.

Desde o começo os líderes da cidade se revezaram na direção da entidade. O primeiro presidente eleito em 1919 foi o capitão médico Eusébio Teixeira, tendo como vice-presidente Bernardo Franco Baís, que acabou por assumir a presidência após a renúncia do titular, transferido de Campo Grande. Baís exerceu a presidência até 1925, quando assumiu Eduardo Santos Pereira.

A continuidade da instituição foi mantida principalmente pela permanência prolongada de alguns presidentes que assim foram se especializando na administração do hospital, como Eduardo Santos Pereira, presidente de 1925 a 1932; Juvenal Alves Corrêa, de 1933 a 1946; Aikel Mansour, de 1947 a 1961; José Nasser, de 1962 a 1971; e, Arthur D’Ávila Filho, o mais longevo, que exerceu o cargo por 15 anos ao longo de cinco mandatos intercalados a partir de 1975. 

A atual administração, presidida por Esacheu Cipriano Nascimento – que está, pela terceira vez, dirigindo nossa associação –, deu início no último dia 17 às festividades do primeiro centenário da Santa Casa, com descerramento da placa do prédio principal do  hospital, que leva o nome de Arthur D’Ávila Filho.O evento também homenageou algumas pessoas que se tornaram caras à entidade pela contribuição que deram ao longo de sua história, como Maria Aparecida D’Ávila, Pedro Pedrossian, Maria Aparecida Pedrossian, Celso Costa, Eudes Costa, Giannino Camillo e Silvano Cola.

Foram homenageados ainda os ex-presidentes Juvêncio César da Fonseca, Athayde Nery de Freitas, Renato Alves Ribeiro, Sinval Martins de Araújo, Elias Gazal Dib e Wilson Levi Teslenco.

As festividades terão continuidade no dia 1º de abril com o lançamento do selo comemorativo do centenário, cuja cerimônia de obliteração será conduzida pela diretoria regional dos Correios e Telégrafos. Na mesma data será lançada a revista trimestral da Santa Casa.

Dando prosseguimento aos eventos comemorativos, teremos no dia 18 de agosto o lançamento do livro que retratará a história do hospital e haverá uma justa homenagem às pessoas que contribuíram efetivamente durante todo o centenário da entidade.

Para finalizar, destaco dois momentos magnos da história da Santa Casa: em 1928, a inauguração do primeiro pavilhão e em 1980, a inauguração do prédio atual. E houve um momento negro recente, quando da intervenção pelo poder público em 2005, que teve o efeito de unir os associados de uma forma marcante: durante oito anos, até 2013, ocasião em que retomamos a administração da Santa Casa por decisão judicial, mantivemos a chama acesa, elegendo a diretoria a cada dois anos e fortalecendo os laços de união em torno do nosso ideal.

É impressionante em nossa história a incrível insensibilidade dos administradores municipais, destes últimos 20 anos, com a Santa Casa. Desde André Puccinelli, passando por Nelson Trad Filho, Alcides Bernal, Gilmar Olarte, e, agora, que estávamos esperançosos de encontrar apoio por parte do atual prefeito, Marcos Trad, que assim se comprometera, estamos percebendo uma perspectiva pessimista.

Enfim, vamos em frente. Tudo será devidamente registrado no livro do centenário. 

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