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Heitor Freire

O nosso instrumento

O NOSSO INSTRUMENTO
Quando o homem se colocou em pé pela primeira vez e contemplou a majestosa natureza que o circundava, percebeu vagarosamente que isso e ele mesmo não poderiam ser frutos do acaso, que alguém deveria ter criado tudo aquilo. Começou a sentir no seu íntimo algo que despertou aos poucos, sua consciência.
Com o demorado processo de evolução que se instalou desde então, foram sendo criados mecanismos e instituições que identificassem e orientassem os seres humanos sobre suas origens e seu destino.
Assim surgiram as diferentes religiões, frutos da ação e do pensamento de seres iluminados que deixaram seus legados como orientação para seus adeptos. Naturalmente e para fidelizar seus seguidores, cada denominação religiosa se intitula dona da verdade.
E assim se instalaram os conflitos e as guerras, contrariando os princípios que cada organização pregava: o amor ao próximo.
Na realidade, todas as religiões têm em comum esse ponto: o amor ao próximo. Mas, ao mesmo tempo, a voracidade com que se lançam em conquistar adeptos e mantê-los deturpou seus princípios.
O amor ao próximo é o instrumento que Deus disponibilizou como o meio mais adequado para que a humanidade se encontrasse e procedesse a esse desideratum.
A maioria dos filósofos também aponta na mesma direção:
Pitágoras “Purifica teu coração, antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo”. .
Nietzsche : “Aquilo que se faz por amor, está sempre além do bem e do mal”.
Ou seja, na religião, na filosofia, na literatura, em tudo, enfim, a mensagem é a mesma: amor ao próximo.
Por que então se recebemos essa recomendação de tantas fontes, ela não encontra eco em nossas atitudes? Porque o ser humano é contraditório. Fala uma coisa e faz outra. Não há coerência entre sua palavra e seus atos.
E também porque a fonte verdadeira da transformação interior não depende de nada de fora. Ela está dentro de cada um. É mais confortável atribuir a outrem ou a algo a responsabilidade pelos nossos atos do que assumi-la nós mesmos.
Para acessarmos a fonte interior é indispensável o silêncio. Sem o silêncio não poderemos ouvir nossa mente verdadeira. Somos escravos do ego que busca, de todas as maneiras, nos manter ocupados com “bugigangas mentais” para nos distrair e nos afastar do que é verdadeiro.
Para isso é necessário um momento de reflexão, de interiorização do nosso ser em nós mesmos. Esse tempo deve ser aumentado paulatinamente para que encontremos o maior tesouro com que Deus nos dotou: o autoconhecimento.
Quando conseguirmos atingir esse estado mental, perceberemos que somos donos de um dom imensurável: a libertação de toda escravidão.
Mas conseguir essa libertação exige muito trabalho, dedicação, competência e vontade inabalável. E a preguiça predomina. Infelizmente.
É preciso vencer a preguiça e a nos libertar da pressa. O trabalho de libertação é longo, penoso, difícil. O manual de procedimentos deve ser buscado em nosso interior porque essa labuta é única. Cada um é o seu próprio Mestre.
O ego não quer perder a “boca”. Já observaram quantas vezes usamos a palavra “complicado?” . Esse é um dos artifícios da mente para continuar a nos escravizar.
Penso que no estágio em que chegamos, atingimos o patamar da grande decisão: parar de adiar esse momento da grande libertação e utilizar um dos grandes instrumentos ao nosso alcance: o amor ao próximo.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Quando o homem se colocou em pé pela primeira vez e contemplou a majestosa natureza que o circundava, percebeu vagarosamente que isso e ele mesmo não poderiam ser frutos do acaso, que alguém deveria ter criado tudo aquilo. Começou a sentir no seu íntimo algo que despertou aos poucos, sua consciência. 

Com o demorado processo de evolução que se instalou desde então, foram sendo criados mecanismos e instituições que identificassem e orientassem os seres humanos sobre suas origens e seu destino.

Assim surgiram as diferentes religiões, frutos da ação e do pensamento de seres iluminados que deixaram seus legados como orientação para seus adeptos. Naturalmente e para fidelizar seus seguidores, cada denominação religiosa se intitula dona da verdade.

E assim se instalaram os conflitos e as guerras, contrariando os princípios que cada organização pregava: o amor ao próximo.

 

Na realidade, todas as religiões têm em comum esse ponto: o amor ao próximo. Mas, ao mesmo tempo, a voracidade com que se lançam em conquistar adeptos e mantê-los deturpou seus princípios.

O amor ao próximo é o instrumento que Deus disponibilizou como o meio mais adequado para que a humanidade se encontrasse e procedesse a esse desideratum.

A maioria dos filósofos também aponta na mesma direção: 

Pitágoras “Purifica teu coração, antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo”.

Nietzsche : “Aquilo que se faz por amor, está sempre além do bem e do mal”.

Ou seja, na religião, na filosofia, na literatura, em tudo, enfim, a mensagem é a mesma: amor ao próximo.

Por que então se recebemos essa recomendação de tantas fontes, ela não encontra eco em nossas atitudes? Porque o ser humano é contraditório. Fala uma coisa e faz outra. Não há coerência entre sua palavra e seus atos.

E também porque a fonte verdadeira da transformação interior não depende de nada de fora. Ela está dentro de cada um. É mais confortável atribuir a outrem ou a algo a responsabilidade pelos nossos atos do que assumi-la nós mesmos.

Para acessarmos a fonte interior é indispensável o silêncio. Sem o silêncio não poderemos ouvir nossa mente verdadeira. Somos escravos do ego que busca, de todas as maneiras, nos manter ocupados com “bugigangas mentais” para nos distrair e nos afastar do que é verdadeiro.

Para isso é necessário um momento de reflexão, de interiorização do nosso ser em nós mesmos. Esse tempo deve ser aumentado paulatinamente para que encontremos o maior tesouro com que Deus nos dotou: o autoconhecimento.

Quando conseguirmos atingir esse estado mental, perceberemos que somos donos de um dom imensurável: a libertação de toda escravidão.

Mas conseguir essa libertação exige muito trabalho, dedicação, competência e vontade inabalável. E a preguiça predomina. Infelizmente.

É preciso vencer a preguiça e a nos libertar da pressa. O trabalho de libertação é longo, penoso, difícil. O manual de procedimentos deve ser buscado em nosso interior porque essa labuta é única. Cada um é o seu próprio Mestre.

O ego não quer perder a “boca”. Já observaram quantas vezes usamos a palavra “complicado?” . Esse é um dos artifícios da mente para continuar a nos escravizar.

Penso que no estágio em que chegamos, atingimos o patamar da grande decisão: parar de adiar esse momento da grande libertação e utilizar um dos grandes instrumentos ao nosso alcance: o amor ao próximo.

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