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Heitor Freire

Da individualidade

DA INDIVIDUALIDADE
Dentre os diversos componentes da personalidade humana, destaco um que pela sua natureza fica oculto e cuja descoberta depende do trabalho interno de cada um: a individualidade.
Para a sua decifração – sim, porque tem que ser descoberta e decifrada –, exige uma atenção especial que nos leva a nossa intimidade íntima.
Não é redundância não. A intimidade verdadeira só pode ser íntima, porque é individual. A intimidade é algo tão íntimo que não se pode dividir com ninguém. É de cada um, intrínseca. De dentro. Individual.
A individualidade demanda uma série de técnicas e práticas por meio das quais se constroem a identidade dos sujeitos, num movimento que oscila em ocultar ou tornar visível o que compreendemos como intimidade.
Dentre os diversos locais , onde se manifesta a individualidade, destaco o banheiro. Ali naquele espaço que considero privado a manifestação de cada um revela a sua verdadeira face, sem máscaras, sem fingimento. Representa o momento em que agimos de forma despojada.
Por isso e para preservar nossa individualidade, aquele lugar não pode ser dividido com ninguém. É ali que solitariamente nos encontramos face a face. Por isso não devemos permitir a presença de outra pessoa, para preservar a nossa intimidade. Nem que seja a nossa parceira (ou parceiro) com quem, naturalmente, dividimos nossa familiaridade.
Intimidade é uma coisa. Familiaridade é outra totalmente diferente. Familiaridade mantemos com nossa mulher, filhos, netos, etc. e que decorre da constante presença e da continuidade dos laços que unem as pessoas.
A individualidade é característica do que é íntimo, secreto. Para a nossa satisfação interior devemos preservar nossa intimidade. Ela é de cada um. Individual.
Dentre os caminhos que palmilhei na minha descoberta interior, tem um, que me chamou a atenção de forma especial e inesperada, quando praticava Yoga. No começo, naturalmente, os movimentos eram desajeitados. A instrutora sempre repetia: “Cada um na sua individualidade”. O que nos estimulava a não olhar para os outros. Com o tempo, os movimentos foram ficando harmônicos e perfeitos. Aí olhava, com um olhar crítico, para os que estavam começando observando os movimentos imperfeitos, a instrutora repetia: “Cada um na sua individualidade”.
Foi um aprendizado ajudou a marcar para sempre. Individualidade é fundamental, única. Somos seres individuais, únicos. Filhos de Deus. Pensados por Ele. Não existe ninguém igual ao outro. Daí a necessidade de entendermos a nossa individualidade e de praticá-la. De entendê-la, aceitá-la e praticá-la. Não adianta entender sem aceitar. Nem aceitar sem praticar. É um continuum constante.
Os acontecimentos mais importantes da nossa existência são vivenciados individualmente: o nosso nascimento e a nossa morte.
A preservação da individualidade, que se manifesta pela intimidade é fundamental, é uma conquista. Do autoconhecimento. É uma zona profunda no íntimo de cada um de nós, que deve ser preservada, visto tratar-se do nosso tesouro sentimental.
A palavra intimidade deriva do termo latim intimus, que significa interior, íntimo, oculto, o que está nas entranhas. Tem um conceito de segredo, confiança, interior, e refere-se ao que está dentro, ao que atua no interior.
A individualidade situa-se no núcleo oculto de cada pessoa onde se tomam as decisões mais profundas e próprias. É o que podemos chamar de lugar sagrado (santuário), que cada pessoa possui. E que nos permite a libertação da prisão do ego. Aliás, é a existência desta interioridade que nos possibilita nos sentirmos pessoas.
Somos naturalmente seres gregários, criados para viver em sociedade. Faz parte da nossa vida. Mas dentro da vida em sociedade, penso que devemos preservar a nossa individualidade e valorizá-la com consciência para atingirmos nossa riqueza interior.
Cada um ao longo da vida vai traçando um labirinto cheio de curvas e de sistemas, vias, filosofias, crenças, caminhos, que, naturalmente, cada um deve conhecer, mas para não se perder, é necessário que se mantenha firme a individualidade, que será o fio condutor para a iluminação e a evolução espiritual.
“Se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são”.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

Dentre os diversos componentes da personalidade humana, destaco um que pela sua natureza fica oculto e cuja descoberta depende do trabalho interno de cada um: a individualidade.

Para a sua decifração – sim, porque tem que ser descoberta, decifrada –, exige uma atenção especial que nos leva a nossa intimidade íntima.

Não é redundância não. A intimidade verdadeira só pode ser íntima, porque é individual. A intimidade é algo tão íntimo que não se pode dividir com ninguém. É de cada um, intrínseca. De dentro. Individual.

A individualidade demanda uma série de técnicas e práticas por meio das quais se constroem a identidade dos sujeitos, num movimento que oscila em ocultar ou tornar visível o que compreendemos como intimidade. Dentre os diversos locais , onde se manifesta a individualidade, destaco o banheiro. Ali naquele espaço que considero privado a manifestação de cada um revela a sua verdadeira face, sem máscaras, sem fingimento. Representa o momento em que agimos de forma despojada.

Por isso e para preservar nossa individualidade, aquele lugar não pode ser dividido com ninguém. É ali que solitariamente nos encontramos face a face. Por isso não devemos permitir a presença de outra pessoa, para preservar a nossa intimidade. Nem que seja a nossa parceira (ou parceiro) com quem, naturalmente, dividimos nossa familiaridade.

Intimidade é uma coisa. Familiaridade é outra totalmente diferente. Familiaridade mantemos com nossa mulher, filhos, netos, etc. e que decorre da constante presença e da continuidade dos laços que unem as pessoas.

A individualidade é característica do que é íntimo, secreto. Para a nossa satisfação interior devemos preservar nossa intimidade. Ela é de cada um. Individual.

Dentre os caminhos que palmilhei na minha descoberta interior, tem um, que me chamou a atenção de forma especial e inesperada, quando praticava Yoga. No começo, naturalmente, os movimentos eram desajeitados. A instrutora sempre repetia: “Cada um na sua individualidade”. O que nos estimulava a não olhar para os outros. Com o tempo, os movimentos foram ficando harmônicos e perfeitos. Aí olhava, com um olhar crítico, para os que estavam começando observando os movimentos imperfeitos, a instrutora repetia: “Cada um na sua individualidade”. 

Foi um aprendizado ajudou a marcar para sempre.

Individualidade é fundamental, única. Somos seres individuais, únicos. Filhos de Deus. Pensados por Ele. Não existe ninguém igual ao outro. Daí a necessidade de entendermos a nossa individualidade e de praticá-la. De entendê-la, aceitá-la e praticá-la. Não adianta entender sem aceitar. Nem aceitar sem praticar. É um continuum constante.

Os acontecimentos mais importantes da nossa existência são vivenciados individualmente: o nosso nascimento e a nossa morte.   

A preservação da individualidade, que se manifesta pela intimidade é fundamental, é uma conquista. Do autoconhecimento. É uma zona profunda no íntimo de cada um de nós, que deve ser preservada, visto tratar-se do nosso tesouro sentimental.A palavra intimidade deriva do termo latim intimus, que significa interior, íntimo, oculto, o que está nas entranhas. Tem um conceito de segredo, confiança, interior, e refere-se ao que está dentro, ao que atua no interior.

A individualidade situa-se no núcleo oculto de cada pessoa onde se tomam as decisões mais profundas e próprias. É o que podemos chamar de lugar sagrado (santuário), que cada pessoa possui. E que nos permite a libertação da prisão do ego. Aliás, é a existência desta interioridade que nos possibilita nos sentirmos pessoas.

Somos naturalmente seres gregários, criados para viver em sociedade. Faz parte da nossa vida. Mas dentro da vida em sociedade, penso que devemos preservar a nossa individualidade e valorizá-la com consciência para atingirmos nossa riqueza interior. Cada um ao longo da vida vai traçando um labirinto cheio de curvas e de sistemas, vias, filosofias, crenças, caminhos, que, naturalmente, cada um deve conhecer, mas para não se perder, é necessário que se mantenha firme a individualidade, que será o fio condutor para a iluminação e a evolução espiritual.

“Se compreendes, as coisas são como são; se não compreendes, as coisas são como são”.

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