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Heitor Freire

O poder do pensamento positivo

A minha geração e as subsequentes, a partir dos anos 40, sofreram uma grande influência da divulgação maciça de uma nova maneira de encarar a vida: o pensamento positivo. Essa ideia advém, principalmente, das obras dos norte-americanos Dale Carnegie, Napoleon Hill, Norman Vincent Peale, Ralph Waldo Emerson e Billy Graham, para ficar apenas nos pioneiros dessa corrente. Embora para o mundo ocidental pareça que o pensamento positivo foi inventado pelos americanos, na verdade ele existe desde sempre e para sempre, como veremos neste artigo.

Naturalmente, a proposta inicial dos autores acima citados, foi ganhando novos contornos e novas maneiras de desenvolver atitudes mentais positivas e motivadoras. Anthony Robbins, em seu livro O Poder Sem Limites, afirma que o livro é  “Dedicado ao maior poder dentro de você – seu poder de amar – e a todos aqueles que o ajudarem a compartilhar sua magia”.

O pensamento positivo por si só não gera mudança. Naturalmente o pensamento deve ser seguido de uma ação consciente e consequente. Sentar e ficar imaginando que o seu mundo vai mudar é ilusão. Quando devidamente utilizado, o pensamento positivo leva de imediato ao autoconhecimento porque induz as pessoas à prática da meditação que, aí sim, começa a influenciar e mudar o comportamento das pessoas.

Compartilho aqui, grande parte de um artigo de Beatriz Montesanti, no site Nexo:

“‘Pense positivo que você chega lá’. A frase motivacional ganhou versões mais complexas em livros e filmes de auto-ajuda nos últimos tempos e tornou-se quase uma verdade incontestável.

Para a psicóloga alemã Gabriele Oettingen, porém, a ideia tem limitações que precisam ser lembradas por aqueles que se apegam ao otimismo como ferramenta de motivação e conquista. No livro Rethinking Positive Thinking: Inside the New Science of Motivation (Repensando o pensamento positivo: por dentro de uma nova ciência motivacional), Oettingen explora esse lugar comum e a ideia de motivação com base em evidências empíricas.

Oettingen chegou então à conclusão que ‘otimismo cego’ (se o otimismo é cego, não vai levar a nenhum lugar – nota do articulista) não necessariamente motiva as pessoas, mas cria uma sensação de condescendência.

‘É como se ao sonhar ou fantasiar sobre algo que queremos, nossas mentes são enganadas a acreditar que conquistamos o objetivo desejado’, escreveu sobre o trabalho Richard A. Friedman, professor de psicologia clínica da Weill Cornell Medical College, em artigo no New York Times. Ele diz mais: “Aparentemente, ser consciente não apenas de seus sonhos, mas também das barreiras reais que você ou o mundo colocam no caminho, é uma forma muito mais eficaz de atingir seus objetivos.”

Com o resultado da pesquisa, Oettingen e sua equipe desenvolveram uma metodologia batizada de ‘contraste mental’. Basicamente, a técnica consiste em não apenas focar em seu objetivo, mas também imaginar os possíveis obstáculos para conquistá-lo.

Ainda mais quando consideradas as crenças e sofismas em torno do poder do pensamento positivo. Para incentivar o ‘contraste mental’, Oettingen desenvolveu, inclusive, um aplicativo para smarthphones que motiva a mudança de hábito nesse sentido. O app foi batizado de Woop, sigla em inglês para ‘desejo, resultado, obstáculo, plano’. Mas é claro, mentalizar todos os elementos, ainda assim, não será sinônimo de conquista”.

Sem dúvida, o poder mental é uma característica do ser humano. Cada um de nós é um emissor e receptor permanente de energia que, devidamente canalizada e centralizada, pode atuar positivamente e realizar sonhos sim.

O primeiro dos princípios herméticos codificados por Hermes Trismegisto, – “o três vezes grande”, rei, sacerdote e juiz do Egito antigo -, é o do Mentalismo:

“O TODO é MENTE; o Universo é Mental”.

“Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um todo. Tudo faz parte da criação de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total. Este é sem dúvida o mais importante de todos os princípios, já que nele estão contidos todos os outros.

O TODO (ou seja a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é Incognoscível e Indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma Mente Vivente Infinita Universal.

 

‘Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio’, escreveu um antigo mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso Universo material.

Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo”.

Ou seja, desde que o mundo é mundo o princípio do pensamento positivo existe e foi estudado e praticado pelos grandes mestres da Humanidade. Não é uma invenção moderna, não.

Do entendimento de funcionamento da mente e da sua perfeita utilização, o homem conquistará o Universo.

 

 

 

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