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Heitor Freire

O primeiro dia

O PRIMEIRO DIA
No Antigo Testamento, Segundo o Gênesis, a Criação do mundo se deu ao longo de sete dias. No primeiro, Deus disse: “Faça-se a Luz. E a Luz foi feita” (Gn 1,3). A Criação prosseguiu nos dias seguintes, até que no sétimo dia Deus viu o seu trabalho concluído e destinou esse dia ao descanso. “Deus então abençoou e santificou o sétimo dia” (Gn 2,3). Esse preceito foi observado desde então pelo povo judeu, por Jesus Cristo e pela Igreja primitiva em seus primórdios: “O sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor até mesmo do sábado” (Mc 2, 27-28).
No período em que Constantino I (306-337 d.C.) se tornou imperador de Roma, o cristianismo era visto como uma ameaça aos romanos e, por isso, muitos imperadores que o antecederam perseguiam os cristãos. Em 323, Constantino I se converteu ao cristianismo e passou a promover a nova religião, financiando a construção dos templos.  Apesar de o cristianismo ter sido fortalecido e divulgado em Roma, não se tornou a religião oficial do Estado, que continuou com o paganismo.
Constantino I acabou por entrar para a história como primeiro imperador romano a professar o cristianismo. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha da Ponte Nílvia contra Magêncio, perto de Roma, Constantino I sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: “In hoc signo vinces” (Com este sinal, vencerás).
Segundo a lenda, o rei Afonso I de Portugal também viu o signo, adotando-o como símbolo nacional e como um lema a ser seguido. Esta lenda é narrada em Os Lusíadas, de Camões. O mesmo símbolo seria mais tarde adotado por João III da Polônia, pela nobreza da Irlanda e por outros povos.
Deve-se a Constantino I a proclamação do domingo como dia de descanso – ele tomou essa resolução no ano de 321 d.C. O domingo era considerado o Dia do Deus Sol, divindade oficial do paganismo e do Império naquela época. Antes do advento do cristianismo, esse dia correspondia ao dies Solis, isto é “dia do Sol” (Sunday, em inglês), em honra da divindade do Sol Invicto.
No entanto, o culto ao Sol Invicto ainda permaneceria em Roma (assim como o uso da denominação dies Solis), até a promulgação do célebre édito de Tessalônica, em  fevereiro de 380, quando o imperador Teodósio I estabeleceu que a única religião de Estado seria o cristianismo de Niceia e baniu qualquer outro culto. Assim, em novembro de 383, o dies Solis passou a ser denominado oficialmente dies dominica (Dia do Senhor) em todo o Império Romano.
A Igreja difundiu o entendimento de que o domingo passaria a ser o dia santificado porque foi nesse dia que Jesus ressuscitou. Ou seja, foi um ato político respaldado por Teodósio, com um efeito tão forte que foi, tempos depois, difundido e adotado por todo o mundo dito civilizado.
Na língua portuguesa, a origem dos nomes dos dias da semana vem da Idade Média. O domingo, derivado do latim “dies Dominica”, dia do Senhor, é considerado hoje o último da semana para os cristãos. Mas naquela época, era no dia da missa que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos – o primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era a segunda-feira. E daí por diante até chegar ao sábado, cuja origem é o termo hebraico shabbatt, o último da semana para os judeus.
Apesar de ser considerado o “primeiro” dia de feira, paradoxalmente o domingo
passou a ser tratado como se fosse o último dia da semana, o que de forma alguma lhe
subtraiu a origem e seu significado esotérico, pois é verdadeiramente o primeiro dia da
semana, dia em que foi feita a Luz. Para aqueles que compreendem esse significado, o
domingo é o dia correto em que se deve iniciar qualquer atividade a qual se queira dar
continuidade.
É muito comum as pessoas dizerem: “Na segunda-feira vou deixar de fumar, vou
começar uma dieta, vou parar de beber, etc”, e esse propósito não prosperar. Por quê?
Por que começa no dia inadequado. Para se iniciar qualquer atividade o dia certo é o primeiro dia, ou seja, o domingo. Quando eu decidi deixar de fumar, tomei essa decisão num domingo e nunca mais fumei. Comigo funcionou, e deixo a dica para quem quiser tentar.
“Se compreendes, as coisas são como são. Se não compreendes, as coisas são como são”.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

No Antigo Testamento, Segundo o Gênesis, a Criação do mundo se deu ao longo de sete dias. No primeiro, Deus disse: “Faça-se a Luz. E a Luz foi feita” (Gn 1,3). A Criação prosseguiu nos dias seguintes, até que no sétimo dia Deus viu o seu trabalho concluído e destinou esse dia ao descanso. “Deus então abençoou e santificou o sétimo dia” (Gn 2,3). Esse preceito foi observado desde então pelo povo judeu, por Jesus Cristo e pela Igreja primitiva em seus primórdios: “O sábado foi feito para servir ao homem, e não o homem para servir ao sábado. Portanto, o Filho do Homem é senhor até mesmo do sábado” (Mc 2, 27-28).

 

No período em que Constantino I (306-337 d.C.) se tornou imperador de Roma, o cristianismo era visto como uma ameaça aos romanos e, por isso, muitos imperadores que o antecederam perseguiam os cristãos. Em 323, Constantino I se converteu ao cristianismo e passou a promover a nova religião, financiando a construção dos templos. 

Apesar de o cristianismo ter sido fortalecido e divulgado em Roma, não se tornou a religião oficial do Estado, que continuou com o paganismo. Constantino I acabou por entrar para a história como primeiro imperador romano a professar o cristianismo. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha da Ponte Nílvia contra Magêncio, perto de Roma, Constantino I sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: “In hoc signo vinces” (Com este sinal, vencerás).

Segundo a lenda, o rei Afonso I de Portugal também viu o signo, adotando-o como símbolo nacional e como um lema a ser seguido. Esta lenda é narrada em Os Lusíadas, de Camões. O mesmo símbolo seria mais tarde adotado por João III da Polônia, pela nobreza da Irlanda e por outros povos. 

Deve-se a Constantino I a proclamação do domingo como dia de descanso – ele tomou essa resolução no ano de 321 d.C. O domingo era considerado o Dia do Deus Sol, divindade oficial do paganismo e do Império naquela época. Antes do advento do cristianismo, esse dia correspondia ao dies Solis, isto é “dia do Sol” (Sunday, em inglês), em honra da divindade do Sol Invicto.

No entanto, o culto ao Sol Invicto ainda permaneceria em Roma (assim como o uso da denominação dies Solis), até a promulgação do célebre édito de Tessalônica, em  fevereiro de 380, quando o imperador Teodósio I estabeleceu que a única religião de Estado seria o cristianismo de Niceia e baniu qualquer outro culto. Assim, em novembro de 383, o dies Solis passou a ser denominado oficialmente dies dominica (Dia do Senhor) em todo o Império Romano. 

A Igreja difundiu o entendimento de que o domingo passaria a ser o dia santificado porque foi nesse dia que Jesus ressuscitou. Ou seja, foi um ato político respaldado por Teodósio, com um efeito tão forte que foi, tempos depois, difundido e adotado por todo o mundo dito civilizado.

Na língua portuguesa, a origem dos nomes dos dias da semana vem da Idade Média. O domingo, derivado do latim “dies Dominica”, dia do Senhor, é considerado hoje o último da semana para os cristãos. Mas naquela época, era no dia da missa que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos – o primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era a segunda-feira. E daí por diante até chegar ao sábado, cuja origem é o termo hebraico shabbatt, o último da semana para os judeus.
Apesar de ser considerado o “primeiro” dia de feira, paradoxalmente o domingopassou a ser tratado como se fosse o último dia da semana, o que de forma alguma lhe subtraiu a origem e seu significado esotérico, pois é verdadeiramente o primeiro dia da semana, dia em que foi feita a Luz.

Para aqueles que compreendem esse significado, o domingo é o dia correto em que se deve iniciar qualquer atividade a qual se queira dar continuidade.Â É muito comum as pessoas dizerem: “Na segunda-feira vou deixar de fumar, vou começar uma dieta, vou parar de beber, etc”, e esse propósito não prosperar. Por quê? Por que começa no dia inadequado. Para se iniciar qualquer atividade o dia certo é o primeiro dia, ou seja, o domingo. Quando eu decidi deixar de fumar, tomei essa decisão num domingo e nunca mais fumei. Comigo funcionou, e deixo a dica para quem quiser tentar.

“Se compreendes, as coisas são como são. Se não compreendes, as coisas são como são”.

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